Bacellar avisa: ‘Vamos falar de eleição só em 2026. Agora é hora de governar’

Em sua primeira semana como governador interino do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar (União Brasil) não apenas ocupou o Palácio Guanabara — ele também ocupou o centro do debate político fluminense. Em meio a inaugurações no interior do estado e


Em sua primeira semana como governador interino do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar (União Brasil) não apenas ocupou o Palácio Guanabara — ele também ocupou o centro do debate político fluminense. Em meio a inaugurações no interior do estado e embates velados com adversários, o presidente da Alerj deixou claro que, apesar da movimentação nos bastidores, não quer antecipar a disputa pelo governo estadual.

“Já não tenho mais dúvida. Cláudio Castro vai assumir a missão e ser eleito, se Deus quiser, senador, ao lado de Flávio Bolsonaro…”, declarou Bacellar, durante agenda oficial em Campos dos Goytacazes, seu reduto eleitoral. A fala, que começou como um endosso à candidatura do atual governador ao Senado, evoluiu para um recado direto aos aliados: é hora de governar, não de fazer campanha.

“Eu fui incumbido pelos meus pares e pelo próprio governador para dar sequência ao governo, hoje de forma interina, mas daqui a pouco de fato e de direito governador do Estado no início do ano, acredito que em março aproximadamente”, afirmou, referindo-se à possível renúncia de Cláudio Castro para disputar o Senado.

A declaração vem em um momento de tensão crescente entre Bacellar e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), possível adversário em 2026. Acuado perante o adversário, Paes tem tentado buscar protagonismo na segurança pública, com a qual nunca havia demonstrado preocupação, enquanto Bacellar reforça sua presença no interior com entregas de obras e promessas de continuidade administrativa.

“É natural que venha o processo eleitoral, mas eu estou tendo o zelo de pedir a todos os meus colegas para deixar para a gente falar no ano que vem. Vamos trabalhar, com o mesmo compromisso e dedicação que a gente sempre teve”, completou Bacellar, em tom de estadista.

Apesar de já ser tratado como pré-candidato, o presidente da Alerj tenta se descolar da imagem de campanha antecipada. “A eleição, no ano que vem, se for o caso, o povo estiver satisfeito e a gente tiver uma boa receptividade, a gente constrói a candidatura”, ponderou.

Por ora, o foco declarado é outro: “O principal trabalho hoje é fazer a eleição do pré-candidato, nosso governador Cláudio Castro, ao Senado, ao lado de Flávio Bolsonaro. E de todo grupo político, lembrando sempre que a nossa pré-candidatura, uma hora confirmada, será uma candidatura de grupo, e não de um só”.

Com o tabuleiro de 2026 já em movimento, Bacellar usa sua habilidade como articulador para manter o jogo sob controle até o próximo ano. Mas, como se sabe, na política fluminense, o futuro costuma chegar antes da hora. E ele já está batendo à porta.



Conteúdo Original

2025-06-20 18:42:00

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