Brasília, a capital federal, símbolo do poder e da ordem institucional, vive dias de medo. Neste último fim de semana, uma mulher de 30 anos foi vítima de um sequestro relâmpago na quadra 404 da Asa Norte, uma das regiões mais centrais e movimentadas da cidade. Ela foi abordada por dois criminosos ao estacionar o carro, obrigada a retornar ao veículo e levada por diversas vias do Distrito Federal. Durante o trajeto, os bandidos usaram seu cartão bancário para comprar bebidas alcoólicas e ainda buscaram um terceiro comparsa. Horas depois, a vítima foi abandonada no Paranoá, em estado de choque, e precisou pedir carona até a delegacia.
Segundo relatos da família, a mulher está profundamente traumatizada, em pânico e sem conseguir dormir desde o ocorrido. Nenhum criminoso foi preso até o momento. O caso, que ocorreu no sábado (21) registrado por câmeras de segurança, é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia.
Mas este não é um episódio isolado. No mesmo fim de semana, uma mulher foi esfaqueada no Recanto das Emas, também no DF. A jovem de 19 anos levou três facadas e só sobreviveu graças à intervenção de um amigo. Em outro caso recente, uma mulher de 31 anos foi encontrada morta no Paranoá, com sinais de estrangulamento.
O bandido confessou o crime, mas foi liberado por falta de mandado de prisão, o que mostra também o temor crescente que se alimenta de um ciclo vicioso de impunidade e reincidência, sustentado por uma legislação penal considerada por muitos como ultrapassada. Leis que flexibilizam a prisão preventiva e ampliam o uso de medidas cautelares, têm permitido que criminosos reincidentes voltem às ruas com rapidez alarmante. Além disso, o sistema de progressão de regime e penas alternativas, mesmo para crimes graves, reforça a percepção de que o crime compensa.
A política de desencarceramento promovida pelo governo Lula, aliada a um discurso que frequentemente trata o criminoso como “vítima da sociedade”, tem gerado revolta entre as verdadeiras vítimas da violência. Enquanto o Estado argumenta que a intenção é ressocializar o agressor, a população se vê abandonada, refém do medo e da insegurança.
Violência assusta e se mantém como maior temor dos brasileiros sob o governo Lula
A sensação de medo se espalha como uma sombra sobre o país. De acordo com uma pesquisa Quaest, a segurança pública se tornou a principal preocupação dos brasileiros durante o governo Lula, superando temas históricos como saúde e economia. Não à toa, a maioria dos entrevistados consideram a gestão “ruim ou péssima” na área.
A capital do país, que deveria ser um exemplo de segurança e ordem, tornou-se palco de crimes brutais e impunes. E se nem Brasília está segura, o que resta para o restante do Brasil?
A pergunta que ecoa nas ruas, nas redes e nos lares é uma só: até quando?
2025-06-23 08:47:00