No Rio de Janeiro, o início da estação pode ser marcado por dias de calor, mas o inverno deve seguir padrão típico, com frio intercalado e umidade vinda do mar
O inverno chegou para endossar o clima mais fresco que vem fazendo nas últimas semanas e dar uma trégua no calor que marcou os anos anteriores. A nova estação, iniciada oficialmente às 23h42 desta sexta-feira (20), deve ser mais fria e próxima da normalidade climática, segundo os meteorologistas. Ou seja: vem aí um inverno “raiz”, com direito a frente fria, quedas acentuadas de temperatura e dias mais curtos.
A expectativa é que os primeiros dias sejam marcados por chuva e frio em boa parte do país. As capitais do Sul, Sudeste e Centro-Oeste podem ter as temperaturas mais baixas do ano.
No estado do Rio, a estação será de clima dentro da média histórica, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os primeiros dias devem ser de temperaturas mais elevadas, podendo chegar aos 30°C na capital. Em território fluminense, a previsão também é de um inverno mais típico, com quedas de temperatura provocadas por massas de ar frio. O mês de julho deve concentrar os dias mais frios do período, com mínimas na casa dos 15°C ou até menos, especialmente após a passagem de ondas de frio mais intensas. Principalmente no interior, o ar seco predomina; já no litoral, os ventos marítimos podem trazer chuva persistente após a chegada das frentes frias.
Menos extremos, mais previsível
A estação vai até 22 de setembro, às 15h19, e tende a ser mais comportada em comparação aos invernos recentes. A explicação, segundo o Climatempo, está no Oceano Pacífico: sem El Niño nem La Niña no radar, as condições climáticas seguem em um cenário de neutralidade, com viés levemente frio.
Esse padrão mais estável favorece um inverno típico, sem grandes anomalias. Por outro lado, o Atlântico Tropical segue aquecido e deve empurrar a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais para o norte, o que deve encurtar o período chuvoso no Norte e no Nordeste do país, de acordo com o Inmet.
Mês a mês: o que esperar
Apesar de temperaturas acima da média em algumas regiões, o mês será de muita oscilação — com dias quentes e noites mais frias. O calor deve pegar mais forte no interior do país, especialmente Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí. O Sul e o Sudeste, por outro lado, devem registrar quedas bruscas de temperatura, ainda que sem períodos prolongados de frio intenso e alternando com dias de máximas acima da média. A chuva deve ficar concentrada nas áreas de litoral, enquanto no Norte deve ter uma redução expressiva.
Deve ser o mês com frentes frias mais fortes. A chuva sobe um pouco no Centro-Sul, mas deve ser ser mais seca principalmente na parte norte da Região Norte. Áreas centrais do país devem sentir calor acima da média, com chance de onda de calor em algumas localidades. Já o Sul e o Sudeste podem ter mais frio, inclusive com temperaturas abaixo da média.
O inverno se despede com cara de primavera antecipada em parte do país. Centro-Oeste e Norte devem ter temperaturas acima da média. A chuva volta ao sul amazônico e pode até superar os índices esperados. No restante do Norte, o retorno das chuvas será irregular e tímido. Já no Sul, o esperado é que os índices fiquem abaixo da média.
2025-06-21 10:08:00