Sociedades médicas criticam veto de canetas emagrecedoras no SUS

Justificativa principal para a recusa foi o alto custo que a medida representaria para os cofres públicos, estimado entre R$ 3,4 a R$ 7 bilhões ao longo de cinco anos Divulgação As associações médicas defendem que existem alternativas viáveis, como


Justificativa principal para a recusa foi o alto custo que a medida representaria para os cofres públicos, estimado entre R$ 3,4 a R$ 7 bilhões ao longo de cinco anos

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As associações médicas defendem que existem alternativas viáveis, como a sibutramina

Três proeminentes sociedades médicas brasileiras especializadas no tratamento da obesidade e do diabetes emitiram uma nota conjunta criticando duramente a decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) de não incluir as chamadas “canetas emagrecedoras” na lista de medicamentos oferecidos pelo SUS. As associações, que incluem a ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) e a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), alegam que a medida representa uma “elitização” no acesso a tratamentos modernos e eficazes, deixando a população mais vulnerável sem opções terapêuticas adequadas.

A decisão da Conitec, órgão ligado ao Ministério da Saúde, vetou a incorporação dos princípios ativos liraglutida e semaglutida, presentes em medicamentos populares como Ozempic e Wegovy. A justificativa principal para a recusa foi o alto custo que a medida representaria para os cofres públicos, estimado entre R$ 3,4 a R$ 7 bilhões ao longo de cinco anos.

No entanto, as entidades médicas rebatem o argumento financeiro. Elas afirmam que a falta de acesso a esses medicamentos pode gerar custos ainda maiores no futuro, decorrentes do agravamento de doenças associadas à obesidade e diabete, que exigirão tratamentos mais complexos e caros. Além disso, as sociedades condenam a decisão como “elitista”, pois restringe o acesso a uma tecnologia avançada apenas àqueles que podem pagar por ela na rede privada.

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As associações médicas defendem que existem alternativas viáveis, como a sibutramina, que possui um custo significativamente menor, em torno de R$ 30, e poderia ser uma opção a ser incorporada pelo SUS para promover o tratamento adequado da obesidade. Recentemente, a Anvisa reconheceu o uso desses medicamentos injetáveis para o tratamento da obesidade, o que reforça a posição das entidades sobre a importância de sua disponibilidade no sistema público.

*Com informações de David de Tarso

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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