Universal retoma comando do Republicanos no Rio com nova cúpula

Dois anos depois de uma troca que prometeu “profissionalizar” a política do Republicanos no Rio, o partido voltou a promover como presidente de seu diretório estadual no estado o bispo da Igreja Universal e deputado federal Luis Carlos Gomes. O



Dois anos depois de uma troca que prometeu “profissionalizar” a política do Republicanos no Rio, o partido voltou a promover como presidente de seu diretório estadual no estado o bispo da Igreja Universal e deputado federal Luis Carlos Gomes. O parlamentar foi oficializado como dirigente na última semana, e com ele também foi efetivado um primeiro escalão ligado de maneira umbilical à denominação religiosa, que tem relação histórica com a legenda

Nascido há vinte anos como um projeto da igreja comandada por Edir Macedo para entrar na política, o Republicanos ao longo desse período cresceu exponencialmente: aumentou sua bancada na Câmara e no Senado, conquistou cadeiras no Executivo e espalhou seus diretórios Brasil afora. Tal crescimento, sob o olhar atento do fundador da Universal e conduzido especialmente pelo deputado federal Marcos Pereira, também ligado à denominação, fez com que o partido tentasse trilhar, nos últimos anos, um caminho independente. 

Foi com esse discurso que o ex-prefeito de Belford Roxo (RJ) Waguinho assumiu, em 2023, a presidência do Republicanos no estado do Rio. Restando um ano para as eleições municipais, sua tarefa era eleger uma grande nominata no estado, com foco na capital carioca e, claro, em seu reduto eleitoral. Na prática, contudo, tal decisão deixou caciques ligados à Universal mais distantes das tomadas de decisão da legenda fluminense. Agora, como nenhuma das missões de Waguinho prosperou, a igreja volta em massa para “fortalecer o partido, apoiar nossas lideranças e ampliar o diálogo”, nas palavras do novo presidente. 

Além de Luis Carlos Gomes, constam ainda no primeiro escalão do Republicanos no Rio, como consta no site do Tribunal Superior Eleitoral, o parlamentar, ex-senador e também bispo da Universal Marcelo Crivella (primeiro vice-presidente); a secretária estadual de Assistência Social e obreira da igreja há mais de 30 anos Rosângela Gomes (primeira vogal); a vereadora Tânia Bastos (secretária do movimento de mulheres); o deputado estadual Carlos Macedo (secretário-geral); e o também parlamentar estadual Danniel Librelon (líder da bancada na Alerj) — todos quadros com origem na denominação. 

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A nova formação representa uma derrota não só para Waguinho e para a chamada “ala política” do partido no Rio, mas também para o deputado federal Luciano Vieira, que tentava assumir o comando do diretório fluminense. O movimento, por outro lado, abre ainda mais espaço para que Marcelo Crivella coloque adiante seu projeto de retornar ao Senado, na eleição do ano que vem. Para isso, porém, terá que resolver a tempo suas pendências com a Justiça Eleitoral. 

Já a retomada de poder da Universal no Rio é parte de uma pressão que ganhou força especialmente após as eleições municipais do ano passado. Na visão de parte da cúpula da igreja, o Republicanos vinha “se afastando demais” da denominação, que agora recupera um pouco mais do espaço que já ocupou no passado.





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