O prefeito Eduardo Paes (PSD) entregou uma carta de intenção ao presidente Lula (PT) oficializando o pedido para o Rio ser a sede permanente do Brics. O encontro ocorreu nesta terça (07), último dia da Cúpula do Brics 2025, realizada no Museu de Arte Moderna (MAM). O grupo, formado em 2009, não tem hoje sede oficial.
A proposta da Prefeitura é oferecer ao Brics o prédio do icônico edifício do Jockey Club Brasileiro, na Avenida Almirante Barroso, 139, no Centro. Projetado por Lúcio Costa, o espaço oferece 83,5 mil metros quadrados distribuídos por 12 andares, ideal para acomodar não apenas escritórios, mas também eventos sociais e atividades culturais ao longo do ano.
A Prefeitura do Rio, que tomou a iniciativa de se candidatar como sede oficial do Brics, destaca não apenas o protagonismo diplomático, mas também os benefícios diretos que a proposta pode trazer à cidade — como o aumento da visibilidade internacional, o fortalecimento de sua imagem global e a geração de empregos, além de estimular visitas e investimentos estrangeiros.
“O Rio apoia plenamente os esforços multilaterais para consolidar o Brics como um fórum decisivo do século XXI”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.
“Estamos prontos para receber representantes dos países membros e oferecer a infraestrutura e o cenário adequados para que o grupo avance em suas discussões de forma permanente. Esta proposta reforça o papel do Rio como capital global da diplomacia e dos grandes eventos e permite que o Rio continue no imaginário mundial, como cidade importante e desejada, o que traz emprego e impulsiona a economia”.
Importância do Brics na governança global
Ao reconhecer a importância do Brics na reforma da governança global em direção a um desenvolvimento mais equitativo, o Rio de Janeiro reafirma seu compromisso com o multilateralismo e busca facilitar o diálogo contínuo entre os países membros, promovendo a cooperação e transformando teorias em práticas concretas.
O Brics, composto por economias emergentes que representam 46% da população mundial e 37% do PIB global, continua a desempenhar um papel crucial na cooperação econômica, governança global, inovação e desenvolvimento sustentável. Atualmente o grupo conta com 11 países membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Índia, Indonésia, Irã e Rússia