Relatório aponta transformação da criminalidade no…

Operação da PM do Rio contra roubos de carros na Baixada Fluminense (Polícia Militar do RJ/Divulgação) Continua após publicidade Os primeiros quatro meses de 2025 registraram um preocupante aumento de 3,1% nos homicídios dolosos no estado do Rio de Janeiro,


Os primeiros quatro meses de 2025 registraram um preocupante aumento de 3,1% nos homicídios dolosos no estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) analisados pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) no novo relatório Crime no Rio. Enquanto a Grande Niterói apresentou queda expressiva (-19,4%), regiões como Baixada Fluminense (+8,7%) e capital (+7,2%) seguem com altos índices de violência letal. Municípios como Nova Iguaçu (103 casos), Cabo Frio (86) e Duque de Caxias (70) lideram os números absolutos, com a Ilha do Governador chamando atenção por um aumento alarmante de 142% nos homicídios.

O relatório revela ainda um crescimento preocupante de 34,4% nas mortes por intervenção policial, concentradas principalmente na capital (+55,8%) e na Baixada Fluminense (+71,9%). O mês de abril registrou 80 ocorrências deste tipo, superando a média mensal de 58,2 casos em 2024. Este aumento ocorre em um contexto de mudanças nas políticas de segurança, sugerindo uma com reversão nas diretrizes adotadas em 2023 para redução da letalidade policial. Paralelamente, os desaparecimentos cresceram 6,9% no estado, com destaque para Nova Iguaçu (+28%).

O panorama criminal revela uma transição: os estelionatos (49.046 casos) superam em 42% todos os roubos somados (34.570), marcando a ascensão dos crimes digitais. Já os roubos tradicionais seguem tendências opostas: enquanto os roubos de rua na capital subiram 13,8%, houve queda de 29,1% nos roubos de veículos (segundo dados das Áreas integradas de Segurança Pública da Tijuca), e os roubos de carga dispararam 33,5% na região metropolitana.

A ADPF das Favelas 

O relatório analisa que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2025 sobre a ADPF 635 representou um avanço ao estabelecer protocolos para operações policiais, mas falhou em proibir práticas historicamente letais como o uso de helicópteros como plataforma de tiro. A manutenção do sigilo sobre protocolos e a ausência de restrições a operações próximas a escolas e hospitais continuam permitindo a militarização da segurança pública.

 



Conteúdo Original

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE