Projeto para novo hospital em Botafogo gera debate sobre mobilidade e legislação

A Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal do Rio (CAU) realizou, nesta quinta-feira (12), uma audiência pública para discutir o projeto de lei complementar que autoriza a instalação de um hospital nos antigos prédios da IBM, na Avenida Pasteur,


A Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal do Rio (CAU) realizou, nesta quinta-feira (12), uma audiência pública para discutir o projeto de lei complementar que autoriza a instalação de um hospital nos antigos prédios da IBM, na Avenida Pasteur, em Botafogo.

Enviado pelo Poder Executivo, o projeto solicita a flexibilização do Plano Diretor da cidade para permitir a abertura de uma nova unidade de saúde no bairro. Atualmente, a legislação proíbe a implantação de hospitais em Botafogo. Favorável ao projeto, o vereador Pedro Duarte (Novo), que presidiu a reunião, afirmou que a restrição compromete o desenvolvimento urbano da cidade.

“Defendo que as pessoas morem perto de seus trabalhos e dos serviços, como hospitais. Quanto mais perto de casa, mais rápido será o atendimento”, declarou.

Durante a audiência, a operadora Prevent Sênior apresentou o projeto do hospital Sancta Maggiore Mônaco, que prevê um centro cirúrgico com cinco salas, UTI com 18 leitos e 76 leitos de internação — sendo 40 em enfermarias e 36 em apartamentos privativos.

A principal preocupação levantada foi o possível impacto no trânsito, que já é intenso na região. A presidente da Associação de Moradores e Amigos de Botafogo, Regina Chiaradia, chegou a ser vaiada por representantes da sociedade civil ao mencionar a questão da mobilidade. O vereador Rogério Amorim (PL) concordou com a preocupação e questionou o planejamento da operadora.

“A operadora comprou o prédio, mesmo sabendo que ali não poderia funcionar um hospital? É confuso planejar algo que hoje é proibido”, criticou. Ele também levantou o debate sobre a exclusividade: “Por que abrir a exceção apenas à Prevent Sênior, e não a outras empresas do setor?”.

Em resposta, a representante da Prevent Sênior, Teresa Cristina, esclareceu que o prédio foi alugado, e não comprado, e destacou que o hospital será de porta fechada — ou seja, não terá pronto-atendimento, apenas internações. Segundo ela, isso não causaria impactos significativos no trânsito da região.

O hospital promete beneficiar diretamente 18 mil associados da Zona Sul e dois mil do Centro. Atualmente, a operadora possui 60 mil clientes na cidade do Rio.

O Projeto de Lei Complementar nº 187/2024 aguarda os pareceres das Comissões de Justiça e Redação, Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público, Assuntos Urbanos, Higiene, Saúde Pública e Bem-Estar Social e Abastecimento, Indústria, Comércio e Agricultura.



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