Preso em 2022 acusado pelo atropelamento e morte de um adolescente, o modelo Bruno Krupp foi alvo de nova denúncia do Ministério Público do Rio, na última semana. Ele é acusado de tentativa de homicídio qualificado por um novo episódio: uma briga generalizada, que resultou no espancamento de um estudante na saída de uma festa na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio, no fim de maio. Krupp, segundo o MPRJ, teria incentivado as agressões mesmo quando a vítima já estava caída no chão.
Além de Krupp, também foram denunciadas outras cinco pessoas pelo crime: Pedro Vasconcelos do Amaral Sodré, conhecido como “Rebordão”, Artur Velloso Araujo, Felipe de Souza Monteiro, Luma Melo Rajão e Jacobo Pareja Rodriguez — este último, apontado como filho de um dos mais influentes narcotraficantes colombianos. Outros acusados também têm antecedentes criminais ou relação prévia com o tráfico de drogas.
Como apontou o MPRJ, a vítima teria se desentendido com Pedro Vasconcelos do Amaral Sodré e, quando foi até seu carro para deixar o local, foi cercada pelos denunciados, que o espancaram com socos e chutes na cabeça, deixando-o desacordado. Ainda assim, os golpes teriam continuado, com o incentivo de Krupp.
Para o Ministério Público, a tentativa de homicídio foi cometida por motivo cruel e torpe e a morte “não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos acusados”, já que a vítima foi prontamente socorrida por uma viatura do Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Miguel Couto, próximo ao local. O MPRJ requer que os denunciados sejam levados a júri popular.
Até o momento, Pedro Vasconcelos do Amaral Sodré, Artur Velloso Araujo, Luma Melo Rajão e Bruno Krupp foram presos preventivamente. Felipe de Souza Monteiro e Jacobo Pareja Rodriguez estão foragidos.
Preso em 2022
Há três anos, Krupp já havia sido preso depois de atropelar um adolescente de 16 anos, que morreu após o impacto na Barra da Tijuca, Zona Oeste carioca. Ele ficou preso por oito meses no Complexo Penitenciário de Bangu e foi solto após decisão do Superior Tribunal de Justiça, que lhe concedeu um habeas corpus. O processo para esse crime segue aberto e ele vai a júri popular.
Jacobo Pareja Rodriguez, também na lista de denunciados pelas agressões na Lagoa, mas ainda foragido, é apontado como filho de Alexander Pareja Garcia. Segundo a Polícia Federal, Alexander é um dos principais criminosos do narcotráfico colombiano, sucessor da estrutura de Pablo Escobar e um dos chefes do antigo Cartel do Vale do Norte.