O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, faleceu nesta segunda-feira, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, no Vaticano. O anúncio oficial foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana, às 7h35 (horário local).
Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro papa latino-americano e também o primeiro jesuíta a assumir o comando da Igreja. Sua trajetória religiosa e humana foi marcada pelo compromisso com os pobres, a defesa dos direitos humanos e um incansável trabalho por reformas dentro da própria Igreja.
Durante a crise econômica argentina de 2001, destacou-se por sua atuação solidária ao lado dos mais vulneráveis, o que contribuiu para a sua projeção internacional. Seu pontificado foi caracterizado por um estilo pastoral mais simples e acessível, um discurso voltado à inclusão, e uma forte ênfase em questões ambientais e sociais.
Francisco enfrentava problemas respiratórios e vinha lidando com uma saúde debilitada nos últimos meses, tendo sido hospitalizado por pneumonia bilateral no final de 2024.
O funeral será realizado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, conforme seu desejo de uma cerimônia discreta. Ele será o primeiro papa a ser sepultado fora do Vaticano desde Leão XIII, em 1903.
Com a morte do pontífice, a Igreja entra agora no período conhecido como Sede Vacante, durante o qual será convocado um conclave para eleger o próximo Papa. A escolha do novo líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos deve ocorrer entre 15 e 20 dias após o falecimento.
Líderes de todo o mundo expressaram pesar pela morte de Francisco. No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias, destacando o compromisso do papa com a paz, a justiça social e o diálogo entre os povos.
