Paes suspende o pagamento à Concrejato pela obra de recuperação da Estação Leopoldina

O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou a suspensão do pagamento à Concrejato Engenharia, empresa que ganhou a licitação para a reforma da Estação Leopoldina. O prefeito disse, em postagem nas redes sociais, que a empresa “tem histórico de graves acidentes


O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou a suspensão do pagamento à Concrejato Engenharia, empresa que ganhou a licitação para a reforma da Estação Leopoldina. O prefeito disse, em postagem nas redes sociais, que a empresa “tem histórico de graves acidentes em suas obras, com destaque para o desabamento da Ciclovia da Niemeyer, que levou à morte de duas pessoas” e que recebeu denúncias de que “a empresa não estava seguindo as leis trabalhistas, colocando em risco os trabalhadores”.

Segundo o prefeito, “em razão disso, e para apurações mais detalhadas”, o pagamento à construtora que tocava as obras na Leopoldina foi suspenso. “Ou a Concrejato/Concremat passa a cumprir as leis e respeita a vida ou as obras continuam com outra empresa”, concluiu Paes.

O prédio da Estação Leopoldina é da União, mas as obras ficaram por conta da prefeitura

Em fevereiro de 2024, o governo federal assinou um acordo de cooperação técnica com a Prefeitura do Rio para fazer a revitalização do histórico imóvel da Estação da Leopoldina, na Avenida Francisco Bicalho. O anúncio fez parte do lançamento e apresentação do Programa de Democratização dos Imóveis da União.

O acordo prevê que a Prefeitura do Rio fica responsável pela reforma do imóvel. A cooperação técnica inclui ainda a área que compreende as linhas férreas da antiga estação de trem. A ideia é transformar o terreno num espaço de múltiplo uso, com ocupação habitacional e equipamentos sociais. Além disso, a região da Leopoldina abrigará a Fábrica do Samba, destinada às escolas da Série Ouro.

Em junho, a Concrejato venceu a licitação para a reforma da estação. Na ocasião, a despesa autorizada foi de R$ 72,3 milhões.

Procurada, a construtora ainda não se manifestou sobre as acusações feitas pelo prefeito.

Ciclovia Tim Maia

A Ciclovia Tim Maia foi projetada inicialmente para ter nove quilômetros de extensão, conectando o Leblon à Barra da Tijuca. Em 2014, a obra foi orçada em R$ 35,8 milhões sob responsabilidade do Consórcio Contemat-Concrejato. Inaugurada em janeiro de 2016, teve seu primeiro desabamento em abril daquele ano, deixando dois mortos. Novos desabamentos foram registrados nos anos seguintes.

Depois de obras de restauro e de contenção, a ciclovia foi reaberta ao público, com autorização judicial, em fevereiro deste ano. O juiz Dimitri Wasconcelos Wanderley, substituto da 19ª Vara Federal do Rio, liberou a abertura desde que seja cumprido um protocolo de interdição. Ele exige o fechamento da ciclovia quando as ondas cheguem ou superem dois metros metros de altura ou sejam registrados ventos acima de 65 Km/h, com a identificação de núcleos de chuva pela estação meteorológica instalada no Vidigal. Caso os índices pluviométricos alcancem 20 milímetros, a Avenida Niemeyer também é fechada ao trânsito.



Conteúdo Original

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE