Oposição protocola CPI para apurar denúncia contra a Prefeitura do Rio feita por vereador da base de Paes

O vereador William Siri (PSOL) protocolou, na última quinta-feira (07), o pedido de uma CPI para investigar denúncias de irregularidades no processo de contratação de profissionais terceirizados na Secretaria Municipal de Educação. Siri foi informado de que trabalhadores foram demitidos


O vereador William Siri (PSOL) protocolou, na última quinta-feira (07), o pedido de uma CPI para investigar denúncias de irregularidades no processo de contratação de profissionais terceirizados na Secretaria Municipal de Educação. Siri foi informado de que trabalhadores foram demitidos na virada do semestre para que pessoas indicadas por políticos fossem colocadas em seus lugares.

O psolista vai, agora, atrás das 17 assinaturas necessárias à instalação da comissão. Até o último dia de sessão em plenário, ele já contava com o apoio de seis vereadores. Pelas contas do gabinete, ele terá as assinaturas dos quatro parlamentares do PSOL e os sete do PL. A turma conta, ainda, com os quatro petistas na Câmara, embora o partido esteja na base do prefeito Eduardo Paes (PSD).

As duas que faltam para completar o número mínimo necessário para a instalação de uma CPI, Siri vai buscar entre os desgarrados — e na base das articulações políticas.

Denúncias que motivaram CPI partiram de vereador do PSD de Paes

Na mesma quinta-feira, o vereador Marcelo Diniz, do PSD do prefeito, adentrou o plenário do velho Palácio Pedro Ernesto munido de três resmas de ofícios — que, segundo ele, foram enviados com pedidos e questionamentos à Secretaria de Educação.

“São pedidos de vagas em creches para a crianças. Só na sétima Coordenadoria Regional de Educação (Praça Seca, Cidade de Deus, Rio das Pedras, Jacarepaguá, Vargens, Barra e Recreio) faltam sete mil vagas”, denunciou e homem bomba do PSD.

Marcelo Diniz e as resmas de ofícios que teriam sido enviados à Secretaria municipal de Educação – Foto: Divulgação

A discórdia entre Diniz e o secretário de Educação, Renan Ferreirinha (PSD), começou a se acirrar no último fim de semana, quando o vereador foi para as redes sociais denunciar que prestadores de serviço das escolas e creches foram demitidos e trocados por pessoas indicadas por vereadores.

Coincidência, ou não, as mesmas denúncias que motivaram o pedido de CPI.

Na terça-feira (05), Willian Coelho (DC), também da base de Paes, falou em plenário, concordando com as críticas. Coelho disse que trabalhadores terceirizados, como auxiliares de cozinha, estavam mesmo sendo desligados. Alguns deles estariam há cerca de oito anos nas escolas da Zona Oeste.

“Nosso secretário, infelizmente, lava as mãos para as irregularidades que acontecem na secretaria dele. Até dar merda. A empresa que perdeu a licitação diz para o trabalhador pedir a demissão porque ele vai ser contratado pela outra empresa. Quando chega lá, já tem outra pessoa no lugar dele”, disse Coelho.

Os dois governistas, no entanto, até agora não se dispuseram a assinar o pedido de CPI.



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