Novas regras de ordenamento da orla provocam manifestação de ambulantes

O novo decreto de ordenamento para a orla do Rio ainda está dando o que falar. Na manhã desta segunda-feira (26), ambulantes e trabalhadores informais realizaram uma manifestação em frente ao Copacabana Palace contra as novas regras. O protesto contou


O novo decreto de ordenamento para a orla do Rio ainda está dando o que falar. Na manhã desta segunda-feira (26), ambulantes e trabalhadores informais realizaram uma manifestação em frente ao Copacabana Palace contra as novas regras.

O protesto contou com a presença de representantes do Movimento Unido dos Camelôs, Sindinformal e Elas por Elas. Durante o evento, os manifestantes deram gritos de “a praia é do trabalhador” e “queremos trabalhar”.

O vereador Leonel de Esquerda (PT), presidente da Comissão Especial do Trabalho Informal, falou sobre as reivindicações dos trabalhadores.

“Esse ato é para dizer ao Eduardo Paes que sem diálogo ele enfrentará a nossa resistência. Ninguém ali é ladrão, são pessoas dignas querendo trabalhar”, afirmou o vereador.

O protesto, que é acompanhado pela Polícia Militar, gerou uma confusão momentânea. Segundo os manifestantes, os agentes tentaram impedir o som. O movimento foi pacificado logo em seguida. Uma faixa da Avenida Atlântica chegou a ser bloqueada para a manifestação.

Mudanças na orla podem afetar comerciantes locais

As novas regras determinam uma série de diretrizes para garantir o uso responsável e sustentável dos espaços públicos na orla. Entre os principais pontos, estão:

  • Eventos na orla: exigência de autorização prévia com regras claras de segurança, acessibilidade e sustentabilidade;
  • Comércio informal: regras específicas para a atuação de barraqueiros e ambulantes, incluindo a responsabilidade pelo descarte de resíduos;
  • Esportes de praia: cadastro digital simplificado para praticantes e regulamentação para equilibrar atividades comerciais e ambientais;
  • Comitê Gestor da Orla: criação de um conselho consultivo com participação do poder público, sociedade civil e setor privado, para acompanhar a implementação das políticas.

Entre os manifestantes, as principais queixas estão a proibição de garrafas de vidro, as estruturas de comércio ambulante e a música ao vivo. As novas determinações também impedem que as barracas na areia tenham nome e deverão ser identificadas apenas com um número.



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