Escaldado com a série de afirmações políticas que o aproximam, mais uma vez, do presidente Lula (PT), o agora ex-secretário Washington Reis, vai passar longe da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) na manhã desta sexta-feira (04). O presidente da República baixa lá, às 11h, para anunciar a retomada dos investimentos em refino e petroquímica no Rio.
“Sou Bolsonaro, não Lula”, afirma presidente do MDB estadual a quem perguntar se ele vai recepcionar Lula, de passagem pelo seu reino na Baixada Fluminense.
E olha que são aguardadas autoridades federais, estaduais e municipais na pajelança comandada por Lula e pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Afinal, serão anunciados aportes que superam R$ 33 bilhões, com potencial para gerar mais de 38 mil empregos diretos e indiretos. Segundo a divulgação da petroleira, serão apregoados projetos que aumentam a eficiência operacional da empresa, que geram produtos renováveis e promovem o desenvolvimento socioeconômico.
Petrobras já está produzindo combustíveis renováveis
Na cerimônia, a Petrobras divulga também a produção, em fase de teste, de combustíveis com conteúdo renovável, como Diesel R e o combustível sustentável de aviação (SAF, da sigla em inglês Sustainable Aviation Fuel) por coprocessamento; a ampliação da integração entre Reduc e Complexo de Energias Boaventura; e novos estudos e projetos na área petroquímica envolvendo também sua coligada Braskem; além do investimento em qualificação profissional por meio do Programa Autonomia e Renda.
Washington foi exonerado na ausência do governador Cláudio Castro
Foi o governador em exercício Rodrigo Bacellar (União Brasil) quem assinou o ato de exoneração de Washington Reis, publicado em edição extraordinária do Diário Oficial desta quinta-feira (03).
Bacellar está no comando do governo até domingo, quando o titular, Cláudio Castro (PL), volta da viagem a Portugal, onde participa do Fórum Jurídico de Lisboa.
Washington diz que não se considera exonerado e espera o governador voltar para saber como fica a sua situação. “A caneta dele não vale nada”, disse, referindo-se a Bacellar.