Litoral carioca enfrenta aumento de 40% nas ressacas em 2025

O litoral carioca registrou um aumento de 40% nas ressacas em 2025. Entre julho e setembro, o fenômeno ocorreu sete vezes, contra cinco no mesmo período de 2024, segundo o Centro de Operações e Resiliência (COR), com dados do Alerta


O litoral carioca registrou um aumento de 40% nas ressacas em 2025. Entre julho e setembro, o fenômeno ocorreu sete vezes, contra cinco no mesmo período de 2024, segundo o Centro de Operações e Resiliência (COR), com dados do Alerta Rio, órgão de meteorologia da prefeitura.

Uma das mais recentes, em 15 de setembro, chamou atenção dos cariocas por atingir até locais onde ondas fortes são raras, incluindo a Baía de Guanabara. Vídeos viralizaram nas redes sociais mostrando a força da água na Enseada de Botafogo, na Mureta da Urca e na Praia do Flamengo. O fenômeno levou a Marinha do Brasil a emitir um alerta para o litoral no dia seguinte.

O inverno é o período mais propício para ressacas no Rio

De acordo com o COR-Rio, tanto em 2024 quanto em 2025 foram registradas duas ressacas com ondas de cerca de três metros de altura, entre os meses de julho e setembro. O órgão, responsável por monitorar a mobilidade urbana e as condições do tempo na cidade, destacou que o inverno é o período mais propício para a ocorrência de ressacas no Rio.

A Marinha do Brasil informou que os episódios de ressaca costumam estar associados à chegada de ondas mais elevadas à costa, geradas por sistemas meteorológicos em alto-mar. Após a passagem de frentes frias, é comum que o mar fique agitado e as ondas aumentem nas praias, fenômeno que ocorre com maior frequência durante o inverno.

“As frentes frias e, portanto, as ressacas, podem ocorrer durante todo o ano. Contudo, a maior frequência das frentes no Rio de Janeiro é registrada entre os meses de inverno (junho a setembro), período em que também há maior emissão de avisos de ressaca pelo Serviço Meteorológico Marinho”, afirmou a Marinha, em nota.

Medidas preventivas em casos de ressaca

Diante desse cenário, a prefeitura reforça as medidas de prevenção para reduzir os impactos das ressacas na cidade. Entre as orientações estão: evitar o banho de mar e a prática de esportes aquáticos em áreas afetadas, não permanecer em mirantes ou locais próximos ao mar durante o período de aviso e seguir as instruções do Corpo de Bombeiros.

“Além disso, pescadores devem evitar navegar enquanto a ressaca estiver ativa. Quem estiver na orla deve evitar pedalar se as ondas alcançarem a ciclovia. Em caso de acidente no mar, não tente realizar o resgate por conta própria, e acione imediatamente os bombeiros pelo telefone 193”, orienta o COR.

A Marinha ressaltou ainda que mantém o Serviço Meteorológico Marinho em operação contínua, 24 horas por dia, com boletins, previsões e avisos de mau tempo disponíveis em seu site e no aplicativo Previsão Ambiental Marinha (PAM). Os avisos de ressaca são emitidos quando ondas acima de 2,5 metros atingem o litoral em condições favoráveis, conforme a NORMAM-701/DHN.

Protocolo para a Ciclovia Tim Maia

O Centro de Operações também criou um protocolo operacional para o posicionamento e a interdição da Ciclovia Tim Maia, no trecho da Avenida Niemeyer, na Zona Sul, entre a passarela metálica do Vidigal e o acesso pela Praia de São Conrado. A área é um dos principais pontos da cidade afetados pelas ressacas e chegou a ter um trecho destruído por uma onda, durante uma forte ressaca, em 2016, apenas três meses após ser inaugurada. Duas pessoas morreram na ocasião. Após o episódio, foram adotados novas medidas de segurança.

“O fechamento é implementado sempre que forem verificadas condições adversas de mar (ondas) e de tempo (ventos). Entre os critérios para interdição estão: registro de ondas acima de 2 metros de altura; aviso de ressaca emitido pela Marinha do Brasil; ventos acima de 65 km/h na estação meteorológica do Vidigal; e intensificação de chuva na região”, explicou o COR, em nota.

O protocolo também prevê que a prefeitura informe à população que a ciclovia encontra-se temporariamente interditada. A comunicação ocorre por meio das redes sociais do COR (@operacoesrio), pelo canal do Centro de Operações no WhatsApp e pelo app COR.





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