Força de Segurança Municipal será monitorada por câmeras corporais e GPS

A Prefeitura do Rio apresentou, nesta sexta-feira (6), os detalhes da Força de Segurança, grupo armado da Guarda Municipal. Segundo o prefeito Eduardo Paes (PSD), os agentes da FSM, que passarão por um treinamento de seis meses, serão monitorados em


A Prefeitura do Rio apresentou, nesta sexta-feira (6), os detalhes da Força de Segurança, grupo armado da Guarda Municipal. Segundo o prefeito Eduardo Paes (PSD), os agentes da FSM, que passarão por um treinamento de seis meses, serão monitorados em tempo real por meio de tecnologia integrada. Cada um atuará com rádio, celular funcional, câmera corporal e sistema de GPS.

Ainda de acordo com o prefeito, os equipamentos terão frequência inviolável, acionamento por voz e não poderão ser desligados pelos próprios agentes. Todo o deslocamento e as ações em campo serão gravados e acompanhados pela central de comando.

O evento de lançamento também contou com a presença do vice-prefeito Eduardo Cavaliere (PSD), do atual secretário de Ordem Pública do Rio, Brenno Carnevale, e de Marcus Belchior, coronel do Corpo de Bombeiros que atualmente chefia o Centro de Operações e Resiliência (COR). Isso porque Carnevale foi escolhido como o novo comandante da FSM, enquanto Belchior assumirá seu lugar na Secretaria de Ordem Pública (Seop).

Objetivo da FSM

A FSM, de acordo com a prefeitura, terá como principal objetivo o combate a pequenos delitos, como roubos e furtos em espaços públicos.

“A divisão de elite da Guarda Municipal nasce com um conceito muito claro: presença nas ruas com foco, inteligência territorial e prevenção. Esses agentes serão bem selecionados, bem treinados, bem equipados e bem remunerados. Queremos uma atuação com disciplina e respeito ao cidadão. Nosso objetivo é promover ordem, prevenir delitos e oferecer uma sensação real de segurança à população, sem substituir, mas colaborando com as forças policiais estaduais”, declarou o prefeito Eduardo Paes.

Em 2024, foram registrados 83.966 crimes desse tipo na cidade, o equivalente a uma média de 230 ocorrências por dia ou cerca de 9,6 por hora. Ainda segundo dados do governo municipal, 65% dos cariocas consideram ter uma chance média ou alta de serem assaltados com violência ao andar pelas ruas.

O prefeito também afirmou que há interesse em seguir com as contratações temporárias, conforme previsto no projeto de lei complementar (PLC), mas para isso será necessário aguardar a segunda votação da proposta, que regulamenta a medida. A previsão é que o texto, aprovado em primeira discussão na Câmara na terça-feira (3), retorne ao plenário na próxima semana.

Sobre a atuação da FSM

O grupo atuará com base em metodologia de gestão, dados e evidências científicas. O modelo de emprego prevê duplas de agentes a pé ou em motos, com locais e horários de atuação definidos a partir da mancha criminal. As equipes seguirão uma escala de trabalho 12×36, com ordens de serviço elaboradas a partir do sistema de Gestão Municipal de Dados (QMD).

A FSM também contará com alinhamento territorial por Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP), com foco em microáreas críticas. O comando operacional será apoiado por salas de videomonitoramento integradas às unidades de inteligência territorial, e cada equipe terá um líder encarregado de planejar a alocação, acompanhar a evolução do crime e controlar as ações nas ruas.

Paes esclareceu que o grupo de elite não terá atribuição para atender ocorrências por meio do 190 ou do 1746, nem realizará operações policiais voltadas ao enfrentamento do crime organizado. Além disso, a FSM não será responsável por investigações criminais nem pela retomada de territórios dominados por facções criminosas — funções que continuarão sob responsabilidade das forças de segurança do estado.

Sobre o processo seletivo

O edital foi lançado na quarta-feira (4). As inscrições já estão abertas e, por enquanto, são destinadas exclusivamente aos servidores efetivos da Guarda Municipal. O edital oferece 600 vagas, que serão preenchidas em duas turmas sucessivas. O cronograma prevê a divulgação dos nomes dos aprovados para a primeira turma em agosto, enquanto os selecionados para a segunda turma serão conhecidos em outubro.

O processo de seleção inclui análise da ficha funcional e da formação profissional dos candidatos. Além disso, os participantes passarão por avaliações psicológicas, testes de aptidão física e exames médicos. Após a seleção, os aprovados participarão de um curso de formação de seis meses, que incluirá treinamento técnico, teórico e prático com uso de arma de fogo.



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