Deputados denunciam uso eleitoral da PM e reforçam tensão com coronel Menezes

Alexandre Knoploch (PL) foi ao microfone, na sessão da Assembleia desta terça-feira (19), para criticar a gestão dos batalhões da Polícia Militar (PM). O governista, que já tinha postado um vídeo recheado de críticas no fim de semana, aproveitou para


Alexandre Knoploch (PL) foi ao microfone, na sessão da Assembleia desta terça-feira (19), para criticar a gestão dos batalhões da Polícia Militar (PM). O governista, que já tinha postado um vídeo recheado de críticas no fim de semana, aproveitou para alfinetar novamente o secretário Marcelo Menezes.

Acirrando o clima pouco amistoso entre o coronel e a base governista da Alerj, Knoploch vai protocolar uma série de requerimentos de informações — pedindo, inclusive, o relatório do produtividade de cada batalhão do Estado do Rio nos últimos 18 meses. Quer provar que a escolha dos comandantes não tem relação com a apresentação de bons resultados operacionais.

Durante a sessão, Knoploch também citou uma mensagem enviada pelo governador Cláudio Castro (PL) com mudanças nos postos da PM e destacou que, atualmente, a escolha dos comandantes dos batalhões tem sido feita sem qualquer critério de mérito, mas de acordo com a amizade com Menezes — que já começa a se movimentar, inclusive, para lançar sua candidatura a deputado estadual em 2026.

“Um comandante que faz uma péssima gestão, como ‘punição’, é transferido para um lugar ainda melhor. Ou seja, qual é a meritocracia na Polícia Militar? A única regra parece ser a seguinte: quem é amigo do coronel Menezes ganha comando; quem não é, vai parar na DGP [Departamento Geral de Pessoal], na ‘sala fria’”, afirmou o deputado.

Knoploch vai apresentar emenda à mensagem do governo

O deputado também vai apresentar uma emenda à mensagem do governo para que apenas assumam comando dos batalhões aqueles que estiverem dentro de critérios de resultados. Segundo ele, é preciso criar regras claras: “quem tiver mérito, assume; quem não cumprir, sai”.

“O que não pode é assumir comando apenas por ser amigo do secretário de Polícia Militar. Um secretário que, aliás, teve atuação ruim em todos os lugares por onde passou e agora continua colocando pessoas inadequadas para comandar. É preciso acabar com essa farra: para os amigos do secretário, tudo; para os demais, nada”, finalizou Knoploch.

Bacellar se refere a Menezes com ironia

Em seguida, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), manteve o tom e perguntou a Knoploch sobre a quem ele se referia. Ao esclarecer que se tratava do secretário da PM, Bacellar ironizou:

“Porque o cerimonial dele ligou e disse que, a partir de hoje, tem que ser ‘coronel Marcelo Menezes’, não apenas Marcelo Menezes. Mas quanto a mim, fiquem à vontade: podem chamar de Rodrigo, Bacellar… Eu não ligo para essas coisas”, afirmou.

Clima entre Menezes e a base governista

O clima entre Menezes e a base governista não tem sido bom desde que ele começou a ensaiar uma possível candidatura a deputado estadual em 2026. Ele tem recebido vereadores, participado de agendas políticas com o governador no interior do estado — mesmo que não estejam diretamente ligadas à PM — e anunciado a construção de novos batalhões.

Essa ideia não agradou aos deputados estaduais da casa, que logo correram para reclamar com a liderança do governo. Mesmo assim, a candidatura de Menezes é desaconselhada por Cláudio Castro, que conhece bem o tamanho da encrenca que ela representa.





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