A polêmica lista de imóveis do estado do Rio a serem leiloados vai voltar a ser discutida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) nesta semana. A CCJ vai se reunir, nesta quarta-feira (22), para analisar um relatório feito por uma comissão especial para avaliar a relação de propriedades que o governador Cláudio Castro (PL) quer colocar à venda.
A lista original de 48 imóveis foi protocolada pelo executivo estadual em agosto. As propriedades passaram por uma vistoria nos últimos meses, que precisa ser avaliada pela Alerj antes de ser posta para votação entre os deputados.
Estádio Caio Martins e ilha em Jacarepaguá estavam em lista original de imóveis a serem leiloados
Quando foi anunciada, em agosto, a lista levantou algumas polêmicas. A principal delas envolvia a presença do Complexo Esportivo Caio Martins, em Niterói, entre os bens colocados para leilão. Diferentes deputados – incluindo rivais, como Douglas Gomes (PL) e Verônica Lima (P) – se mobilizaram, assim como autoridades niteroienses, para impedir que o imóvel fosse vendido.
Com a polêmica, o governo do estado voltou atrás. Ainda em agosto, o deputado Vitor Junior (PDT) conversou com Castro e disse que o governador atendeu ao pedido pela retirada do equipamento público da relação. A expectativa é que ele fique de fora da proposta a ser votada pela Alerj após a avaliação da CCJ nesta quarta (22).
Inicialmente, o estado pretendia arrecadar até R$ 1,5 bilhão com a venda dos imóveis. A relação de bens a serem leiloados inclui os antigos Batalhões da Polícia Militar em Botafogo e na Praça Tiradentes; um “bunker” usado por traficantes e descoberto pela Polícia na Lapa; a área comercial da Escola de Música Villa-Lobos; a antiga sede da Ceperj, em Botafogo; e a Ilha de Pombeba, na Lagoa de Jacarepaguá, entre outros.
Mudança de quadro da PM também será analisada nesta quarta (22)
Outra discussão que a CCJ agendou para esta quarta (22) é a avaliação dos projetos de reestruturação do efetivo da Polícia Militar. A proposta foi enviada por Claudio Castro junto de um pacote de medidas, mas “empacou” após a Comissão achar que faltavam explicações para algumas mudanças.
Na quarta-feira passada (15), o coronel Marcelo Menezes, secretário da Polícia Militar, conversou com deputados na reunião da CCJ e alinhou detalhes acerca do projeto, que serão, agora, discutidos pela Comissão nesta semana, antes de serem postos para votação na Alerj.