Com o ‘fim da linha’ para a SuperVia, Alerj discute futuro do transporte ferroviário do Rio

A Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) promoveu na manhã desta sexta-feira (09), uma reunião para debater os rumos da concessão da SuperVia e o futuro do transporte ferroviário urbano na capital e na Região Metropolitana.


A Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) promoveu na manhã desta sexta-feira (09), uma reunião para debater os rumos da concessão da SuperVia e o futuro do transporte ferroviário urbano na capital e na Região Metropolitana. O foco foi a transição da atual concessionária, que deverá deixar a operação até agosto deste ano.

O encontro reuniu parlamentares, especialistas em mobilidade urbana, representantes de órgãos públicos e entidades ligadas ao setor ferroviário. Segundo o acordo firmado entre a SuperVia e o governo estadual no fim de 2024, o poder público e a empresa deverão garantir a manutenção do serviço até o fim da concessão.

“A concessionária afirma que só tem recursos para poucos meses de operação, e o serviço segue de péssima qualidade. Todas as oportunidades de recuperação foram dadas e não houve resposta satisfatória. Talvez seja necessária a ruptura contratual, com um plano de contingência preparado para garantir o transporte à população”, disse o deputado Luiz Paulo (PSD), presidente da Frente.

A segurança também foi tema do encontro. Entre as propostas debatidas, destacou-se a criação de um batalhão ferroviário especializado e a ampliação do uso de câmeras de vigilância ao longo da malha ferroviária.

Novo modelo de concessão

A SuperVia opera atualmente uma malha de 270 quilômetros, com oito ramais e 104 estações, atendendo a capital e mais 11 municípios da Região Metropolitana. De acordo com a Agetransp, o número de passageiros caiu de cerca de 15 milhões em 2016 para 6,9 milhões até junho de 2024.

Para estruturar um novo modelo de concessão, o grupo de trabalho da Frente contratou a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para auxiliar na elaboração de uma nova proposta. Os estudos devem ser concluídos em julho, com previsão de nova audiência pública em setembro. A modelagem jurídica será avaliada pela Procuradoria Geral do Estado e validada pelo Judiciário.

Ao fim da reunião, foi apresentada uma minuta de carta aberta com propostas debatidas durante o encontro. O documento está sendo distribuído a entidades do setor e submetido a sugestões, com o objetivo de consolidar um plano viável e transparente para a reestruturação do transporte ferroviário no Rio de Janeiro.



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