Cartórios do Rio são investigados por falsificação de assinaturas em documentos oficiais

Diferentes cartórios do Rio de Janeiro são alvo de investigação da Polícia Civil e da Corregedoria do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) por falsificação de assinaturas em documentos oficiais. As denúncias envolvem casos como venda ilegal de sepultura, desvio de recursos


Diferentes cartórios do Rio de Janeiro são alvo de investigação da Polícia Civil e da Corregedoria do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) por falsificação de assinaturas em documentos oficiais. As denúncias envolvem casos como venda ilegal de sepultura, desvio de recursos e reconhecimento de firma de pessoas mortas. A informação foi divulgada pelo programa “Fantástico”, da TV Globo.

Um dos principais casos envolve o nome do contraventor Alcebíades Paes Garcia, conhecido como “Bid”, que foi morto a tiros em 2020, mas já teve sua assinatura registrada em pelo menos 13 documentos oficiais. Os registros foram feitos no 12º e no 15º Ofício, ambos na capital.

Recentemente, a assinatura de Bid apareceu em um documento de venda de moto aquática, o que chamou a atenção do Cartório Marítimo, que acionou a Polícia. Em investigação, outros casos suspeitos foram identificados nas unidades tabeliães.

Cartórios desviaram precatórios e venderam sepultura ilegalmente

No 16º Ofício, na Zona Sul, um documento com assinatura falsa, que vendia o jazigo de uma família da região, foi reconhecido. Os proprietários pelas sepulturas só descobriram o caso depois que o jazigo já havia sido esvaziado. A propriedade só foi devolvida depois que o caso foi levado à Justiça, que puniu a responsável pelo cartório com afastamento e multa.

São investigados cartórios do 12º, 16º e 15º Ofício no Centro e na Barra da Tijuca, além de uma unidade do 4º Ofício de Notas em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Lá, um tabelião perdeu a delegação e não pode mais exercer o ofício por conta de uma denúncia envolvendo desvio de verba pública. A punição foi mantida pela Justiça; ainda cabe recurso.

Denúncias indicam que as unidades registraram procurações e contratos com assinaturas falsas feitas à mão em nome de pessoas que não moram mais no país, por exemplo.

Uma outra vítima, não identificada, teve um precatório de cerca de R$ 1 milhão transferido sem sua autorização após sua assinatura ser falsificada em um documento reconhecido pelo 15º Ofício. A vítima só descobriu o crime após ser notificada por pendências com a Receita Federal.

Os casos e unidades seguem em investigação. Em resposta aos casos, a Corregedoria-Geral do TJ informou que novas normas para coibir práticas fraudulentas foram registradas. Entre as medidas, está a obrigatoriedade de registro fotográfico ou coleta de impressão digital no momento da abertura de firma. Além disso, atos como escrituras, procurações públicas, atas notariais e testamentos deverão passar a ser gravados em vídeo.



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