Ato em Copacabana reúne bolsonaristas e eleva tom contra Moraes

Manifestantes da direita fluminense se reuniram novamente, neste domingo (3), na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e autoridades políticas participam do movimento nacional “Reaja, Brasil”, que defende sua candidatura à presidência


Manifestantes da direita fluminense se reuniram novamente, neste domingo (3), na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e autoridades políticas participam do movimento nacional “Reaja, Brasil”, que defende sua candidatura à presidência em 2026 e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Diversos políticos marcam presença no evento. Entre eles, o governador Cláudio Castro (PL), acompanhado do seu afilhado político e secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), único integrante da família Bolsonaro presente no ato.

‘Não aceitaremos nenhuma eleição sem Bolsonaro’

Em seu discurso, o governador destacou a trajetória de Jair Bolsonaro até a Presidência da República, nas eleições de 2018. Ele também enfatizou que não aceitará uma eleição em 2026 em que Bolsonaro, atualmente inelegível, não seja candidato.

“De pura sinceridade, o sistema é f#da. E o sistema tirou Bolsonaro em 2022. E agora, por causa de uma reunião, vocês têm que saber a verdade. O que deixa Bolsonaro inelegível hoje é uma reunião, enquanto presidente, com embaixadores. Essa é a verdade, gente. Nós não aceitaremos nenhuma eleição em que o candidato a presidente não seja Jair Messias Bolsonaro”, afirmou o governador.

‘Nós não temos plano B’

Ele completou:

“Nós não aceitaremos uma eleição em que um homem que não tem nenhuma acusação sequer de corrupção seja retirado da disputa. […] Nós não temos plano B”.

Jair Bolsonaro fala com os manifestantes por meio de chamada

O primogênito de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, também saiu em defesa do pai. Logo no início da fala, ele ligou para Jair Bolsonaro, que falou rapidamente com os manifestantes por chamada de vídeo.

“Obrigado a todos, em breve estaremos juntos”, disse o ex-presidente, que não pôde comparecer ao ato devido às medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, em 18 de julho.

Flávio eleva o tom contra Alexandre de Moraes

Na sequência, Flávio elevou o tom contra Moraes, pedindo seu impeachment e o descrevendo como alguém que desrespeita a Constituição. Ele afirmou que o Brasil vive hoje “uma ditadura”, em contraste com o que chamou de democracia nos Estados Unidos.

“Eu tenho um exemplo de resistência, de resiliência, do político mais amado do Brasil. O exemplo que ele dá, a força que ele tem… Eu saí de lá ainda mais cheio de coragem, ainda mais disposto a lutar pelo meu Brasil e ainda mais disposto a fazer o impeachment daquele que destruiu a nossa democracia, aquele chamado Alexandre de Moraes”, disse.

‘O resgate da democracia brasileira já começou’

Por fim, o senador dirigiu ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que ele “jamais poderá dizer que é um patriota” e que “o resgate da democracia brasileira já começou”.

“Alguém que idolatra a ditadura do Irã, alguém que apoia a tentativa de destruir o povo judeu e o Estado de Israel, jamais poderá dizer que é um patriota. Nunca serão. O resgate da democracia brasileira já começou. E cada um de nós, hoje, faz parte dessa história. É o começo do fim da ditadura e o início de novos tempos de liberdade”, finalizou.

Representantes da Câmara dos Deputados

Entre os representantes da Câmara dos Deputados, está o deputado general Eduardo Pazuello (PL-RJ). O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Casa, também está em Copacabana e deve seguir para a Avenida Paulista, em São Paulo, onde ocorre outra manifestação.

Também marcaram presença o presidente estadual do PL, deputado Altineu Côrtes, e o senador Carlos Portinho (PL-RJ).

Manifestantes se reúnem ao longo da orla com placas contra o Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Lula. Também exibem cartazes dos Estados Unidos, com referências ao presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto carregam bandeiras de Israel.

Foto: Reprodução/Redes
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Representantes da Alerj

O evento conta também com a presença de parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Entre eles estavam Rodrigo Amorim (União Brasil), líder do governo na Casa, e os deputados do PL Alan Lopes, Thiago Gagliasso, Renan Jordy, Filippe Poubel e Douglas Gomes. A deputada Índia Armelau (PL) também participou, acompanhada do marido, o vereador Fernando Armelau (PL).

Representantes da Câmara do Rio

A bancada do PL na Câmara Municipal do Rio está presente em peso.

Participam Dr. Rogério Amorim, Diego Faro, Rafael Satiê e Filippe Poubel. O vereador Paulo Messina prometeu um discurso na Câmara em apoio ao ato e contra o julgamento de Bolsonaro, previsto para a retomada dos trabalhos parlamentares na próxima semana.

Medidas cautelares impedem participação de Bolsonaro

Jair Bolsonaro não participou do ato em Copacabana em razão das medidas cautelares impostas a ele pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Entre as restrições estão:

  • Uso de tornozeleira eletrônica;
  • Recolhimento domiciliar integral nos fins de semana e feriados, e recolhimento noturno (das 19h às 6h) nos dias úteis;
  • Proibição de sair do Distrito Federal;
  • Proibição de acessar redes sociais, mesmo por terceiros;
  • Proibição de contato com diplomatas, autoridades estrangeiras e outros investigados na mesma ação, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro (PL);
  • Proibição de se aproximar de embaixadas ou consulados estrangeiros.

As medidas fazem parte das investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, quando manifestantes contestaram o resultado das eleições de 2022. Bolsonaro se tornou réu no STF em 26 de março, após o tribunal aceitar denúncia da PGR que o acusa de liderar uma tentativa de golpe de Estado.



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