Afinal, quem fez o melhor show no Rio: Madonna ou…

No dia 4 de maio de 2024, Madonna arrebanhou mais de 1 milhão de pessoas nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um show histórico: celebrando 40 anos de carreira, a diva pop entoou clássicos, prestou


No dia 4 de maio de 2024, Madonna arrebanhou mais de 1 milhão de pessoas nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um show histórico: celebrando 40 anos de carreira, a diva pop entoou clássicos, prestou homenagens ao Brasil e fez da cidade uma grande festa colorida — leia-se: ela atraiu especialmente o público da comunidade LGBTQIA+, parte essencial de seu mais fiel séquito de seguidores. Um ano depois, no dia 3 de maio de 2025, outra diva pop de forte apelo entre fãs gays repetiu a façanha da veterana: Lady Gaga foi a atração deste ano do evento gratuito que, dizem, teria passado dos 2 milhões de presentes — há, contudo, controvérsias sobre a contagem da plateia. Seja qual for a recordista de público, a comparação que não quer calar é: qual delas, de fato, fez o melhor show?

Madonna com a bandeira do Brasil durante apresentação em Copacabana, no Rio de janeiro (Kevin Mazur/Getty Images)

Gaga, de longe, trouxe o show mais produzido. Ela tinha cenários gigantescos, figurinos extravagantes, muitos dançarinos alinhadíssimos e fez valer a alcunha: espetáculo. A transmissão via Globo ainda foi infinitamente melhor do que a de Madonna: os dançarinos e a cantora estavam sempre alinhados e ensaiados com as câmeras, dando ao público que via pela TV a sensação de que não perdeu nada dos melhores momentos do que ocorria ao vivo no palco. Taí, aliás, outro ponto positivo para Gaga: a cantora de 39 anos cantou ao vivo — com a ajuda de uma base gravada, algo comum no meio –, e trouxe uma banda afiada para lhe acompanhar.

A combinação de elementos já seria suficiente para dar à Lady Gaga o troféu de melhor show na comparação com Madonna. Mas não é assim tão simples. O que Gaga trouxe de profissionalismo e perfeccionismo, Madonna entregou surpresas, interação e emoção. Ao contrário da colega, que entoou principalmente músicas de seu novo álbum, Mayhem (com faixas ainda pouco conhecidas para quem não é tão fã), Madonna enfileirou hits que ativaram a memória afetiva de fãs antigos e fizeram arrepiar os mais jovens — apesar de fazer isso sem banda ao vivo, só com a base gravada sobre a qual ela cantava em cima. A turnê se adaptou para receber interferências artísticas de brasileiros, com a participação de Anitta e Pablo Vittar, além de dançarinos e ritmos locais. Madonna ainda soltou diversas brincadeiras em português, brincou com o público e criou uma conexão com quem estava na praia com ela. Ousou, causou e chocou, como é de seu feitio.

No quesito plasticidade e voz, Gaga deu show. Mas se a prova é de desenvoltura, surpresas e alegria contagiante, não tem para ninguém: Madonna ainda é a rainha do pop.

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