Acesso ao vulcão na Indonésia é fechado para agilizar resgate de jovem de Niterói

O Parque Nacional do Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, suspendeu temporariamente, nesta terça-feira (24), o acesso de turistas às trilhas do vulcão para concentrar os esforços no resgate de Juliana Marins, de 26 anos. A publicitária


O Parque Nacional do Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, suspendeu temporariamente, nesta terça-feira (24), o acesso de turistas às trilhas do vulcão para concentrar os esforços no resgate de Juliana Marins, de 26 anos. A publicitária de Niterói caiu em uma área de difícil acesso no monte, no último sábado (21), e as buscas já duram quatro dias.

A decisão foi tomada para garantir mais agilidade e segurança à operação de resgate, que mobiliza cerca de 50 socorristas divididos em seis equipes, além de dois helicópteros prontos para decolagem, caso as condições climáticas permitam. Juliana está localizada a aproximadamente 500 metros de profundidade, presa a um paredão rochoso que impõe grande desafio técnico aos resgatistas.

Jovem enfrenta condições extremas

Desde o acidente, Juliana permanece consciente, segundo relatos da família, mas enfrenta condições extremas, como neblina densa, terreno íngreme e a ausência de alimentos, água e agasalhos. A operação emprega drones com câmera térmica para auxiliar na localização e equipes tentam efetuar o resgate manualmente, com uso de cordas.

O parque informou que o fechamento da trilha que liga Pelawangan Sembalun ao cume do vulcão permanecerá por tempo indeterminado. Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani é considerado uma das trilhas mais desafiadoras da Indonésia. A expedição de Juliana estava prevista para durar três dias, entre 20 e 22 de junho.

Pai de Juliana embarca para a Indonésia

O pai de Juliana, Manoel Marins Filho, publicou nas redes sociais um vídeo momentos antes de embarcar, por volta das 6h30 desta terça-feira, em um voo rumo a Bali, na Indonésia. Ele explicou que o trajeto teria cerca de 10 horas de duração, mas sofreu atrasos devido ao fechamento do espaço aéreo do Catar, em razão de ataques recentes no Oriente Médio.

“Estamos embarcando agora para Bali, prestes a entrar no avião. Quero pedir que vocês continuem orando pelo resgate da Juliana, que ela esteja bem e possa voltar conosco para o Brasil, sã e salva. Obrigado por tudo”, disse Manoel.

A irmã de Juliana, Mariana Marins, mantém a esperança e pediu ao público uma corrente de boas energias pela recuperação da jovem. Dois alpinistas experientes se juntaram à equipe de resgate, levando equipamentos específicos para auxiliar na operação.

Família critica lentidão na operação

A família, no entanto, tem criticado a lentidão das autoridades locais e a falta de estrutura da operação de resgate. Em perfil criado no Instagram para divulgar atualizações do caso, os parentes denunciaram que turistas continuavam a acessar a trilha enquanto Juliana aguardava socorro, além da ausência de fornecimento de água, comida e agasalhos.

Mariana também desmentiu informações oficiais de que Juliana teria recebido suprimentos, e denunciou que vídeos divulgados como registros do resgate foram forjados, dando a falsa impressão de que a jovem estaria sendo assistida.

O que diz a embaixada do Brasil

A Embaixada do Brasil na Indonésia informou que está acompanhando de perto o caso e solicitou às autoridades locais que o resgate prossiga inclusive durante a noite, apesar dos riscos impostos pelas condições climáticas.

O embaixador brasileiro reconheceu ter repassado inicialmente informações incorretas à família e à imprensa, baseando-se em relatos imprecisos fornecidos por autoridades indonésias.

Em nota oficial, o Itamaraty confirmou o envio de dois funcionários da embaixada brasileira em Jacarta para acompanhar pessoalmente as buscas no Monte Rinjani. O objetivo é prestar apoio direto à família e pressionar por mais agilidade e precisão na condução da operação.





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