Youtuber defensor de direitos humanos nos EUA é preso por estupro de menores no Rio

O caso de Floyd L. Wallace Jr., youtuber norte-americano preso pela polícia do Rio por suspeita de estupro de vulnerável e exploração sexual infantil, desmonta a narrativa de quem se apresenta como defensor de direitos humanos enquanto acumula crimes. Conhecido


O caso de Floyd L. Wallace Jr., youtuber norte-americano preso pela polícia do Rio por suspeita de estupro de vulnerável e exploração sexual infantil, desmonta a narrativa de quem se apresenta como defensor de direitos humanos enquanto acumula crimes. Conhecido nos Estados Unidos por confrontar policiais e se autoproclamar “auditor constitucional”, Wallace agora viraliza não mais nas redes, mas atrás das grades. A prisão do youtuber norte-americano com extensa ficha criminal nos Estados Unidos, escancara ainda a facilidade com que criminosos internacionais conseguem entrar no Brasil.

Conhecido por confrontar policiais e acumular passagens em mais de 13 estados, Wallace achou que ia encontrar moleza no Brasil, mas bateu de frente com a polícia do Rio… e se deu mal. O Rio de Janeiro, que vem endurecendo o combate ao crime com operações como Contenção e Barricada Zero, mostrou que não dá trégua também para os gringos que tentam explorar vulnerabilidades sociais.

Do ‘Copwatch’ ao crime

Wallace se projetou como integrante do movimento Copwatch, uma rede descentralizada de organizações ativistas que surgiu com o objetivo de monitorar, filmar e documentar a atividade policial para prevenir abusos e brutalidade. A prática de filmar abordagens buscava aumentar a responsabilidade das forças de segurança e a confiança da comunidade. Mas, na trajetória de Wallace, o discurso de vigilância se confundiu com uma longa ficha criminal: registros em mais de 13 estados americanos por agressão a policiais, resistência à prisão e roubo.

O ‘turista sexual’

No Brasil, Wallace se autodefinia como “turista sexual” e integrava o grupo internacional Passport Bros, formado por homens que viajam a países em desenvolvimento para explorar desigualdades econômicas em busca de relações sexuais. Em suas redes, fazia postagens assumindo esse propósito e demonstrava consciência dos riscos legais, evitando certos conteúdos para não ser preso.

Como foi descoberto

A investigação começou após denúncia de um motorista de aplicativo no Rio, que percebeu duas adolescentes sendo levadas para encontrar um estrangeiro. A apuração revelou que Wallace usava perfis falsos em aplicativos de transporte para solicitar corridas de menores. O cruzamento de dados, com apoio da Homeland Security Investigations (HSI) dos EUA, confirmou sua identidade. Com indícios de fuga, a Polícia Civil do Rio pediu prisão temporária e retenção de passaporte.

Prisão em São Paulo

No dia 22 de dezembro, Wallace foi localizado no bairro da Liberdade, em São Paulo, e preso em operação conjunta das polícias civis do Rio e de São Paulo. Ele resistiu à abordagem e precisou ser contido. Foram apreendidos celulares, pen drives, cartões de memória, notebook, chips telefônicos, bichos de pelúcia e até um relógio com câmera escondida.

Crimes investigados

Wallace é investigado por estupro de vulnerável e favorecimento à exploração sexual infantil, crimes que podem render até 34 anos de prisão, se as brechas na legislação brasileira ultrapassada não forem levadas em conta. As autoridades brasileiras seguem apurando possíveis vítimas e cúmplices, além de verificar se ele cometeu abusos semelhantes fora do país.

O caso expõe a contradição entre discurso e prática de quem se apresenta como fiscal da polícia, mas que na verdade esconde um histórico de violência e exploração sexual. O Rio de Janeiro, que endurece o combate ao crime com operações como Contenção e Barricada Zero, mostra que não dá mole nem para gringos que tentam transformar o país em palco de abusos.



Conteúdo Original

2025-12-23 09:43:00

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