A legislação brasileira, com suas brechas e prazos curtos para prisão em flagrante, permitiu que um agressor violento voltasse às ruas. Não à toa, a Grande Vitória (ES) vive uma semana marcada pelo terror. Na madrugada desta terça-feira (17), dois jovens foram assassinados a tiros em uma lanchonete também em Vila Velha. Horas depois, outro tiroteio no bairro Ulisses Guimarães deixou um homem morto e uma mulher baleada
A Grande Vitória vive uma semana marcada pelo terror. Em plena orla de Vila Velha, uma mulher foi brutalmente agredida com um bloco de concreto e teve sua bicicleta elétrica roubada por dois criminosos. O ataque, ocorrido no Dia dos Namorados, foi registrado por câmeras de segurança e chocou o Espírito Santo. Dias depois, um dos suspeitos, de 18 anos, foi identificado e localizado pela polícia. Mas, em um retrato cruel da impunidade, não foi preso: o flagrante já havia expirado.
O caso escancara a fragilidade de uma legislação penal que parece proteger mais os criminosos do que as vítimas. A legislação brasileira, com suas brechas e prazos curtos para prisão em flagrante, permitiu que um agressor violento voltasse às ruas. Outro homem, de 26 anos, foi detido por receptação, e a bicicleta foi recuperada. Mas para a vítima, o trauma permanece — e para a população, a sensação de abandono.
Enquanto isso, a violência se espalha. Na madrugada desta terça-feira (17), dois jovens — um de 18 anos, com deficiência intelectual, e outro de 19 — foram assassinados a tiros em uma lanchonete no bairro Normília da Cunha, também em Vila Velha. Segundo a polícia, os criminosos passaram em um carro branco e abriram fogo.
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Horas depois, outro tiroteio no bairro Ulisses Guimarães deixou um homem morto e uma mulher baleada. A polícia investiga se os ataques têm ligação com o tráfico de drogas e se o carro usado nos crimes foi roubado na noite anterior.
Esses episódios não são isolados. Eles refletem um cenário de insegurança crescente, agravado por políticas públicas do governo federal que, segundo a oposição, priorizam o desencarceramento em detrimento da proteção da sociedade.
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A gestão do presidente Lula tem sido alvo de críticas por adotar medidas vistas como brandas no combate ao crime, enquanto a população clama por respostas mais firmes.
Uma pesquisa recente da Genial/Quaest revelou que a violência ultrapassou a economia e a saúde como a principal preocupação dos brasileiros: 29% dos entrevistados apontaram a criminalidade como o maior problema do país. É a primeira vez que esse tema lidera o ranking de angústias nacionais.
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A pergunta que ecoa nas ruas de Vitória é clara: até quando? Até quando a legislação ultrapassada e a leniência política continuarão permitindo que criminosos ajam com a certeza da impunidade? A população está cansada. E, ao que tudo indica, o medo já venceu o direito de ir e vir.
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2025-06-18 07:25:00