Em mais um capítulo da tragédia da segurança pública brasileira, Patrick Rocha Maciel, de apenas 21 anos, foi preso mais uma vez nesta segunda-feira (18), escondido no forro de uma loja em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Com nada menos que 87 passagens pela polícia, o ladrão foi flagrado com R$ 768 em espécie, após invadir o estabelecimento comercial.
O caso escancara o colapso do sistema brasileiro, alimentado por uma política de desencarceramento do governo federal que, sob o pretexto de garantir direitos do bandido, tem deixado a população à mercê de criminosos reincidentes.
Futurologia x realidade
Na última audiência de custódia anterior à nova prisão, o juiz justificou a soltura com uma frase no mínimo polêmica, devido a um histórico criminal que inclui furtos, porte ilegal de arma, lesão corporal e ameaças:
“Não se pode presumir que os acusados retornarão a delinquir, pois não há espaço para exercício de futurologia no processo penal”.
O magistrado ainda afirmou que “a existência de anotações na folha penal não é pressuposto da prisão cautelar”.
Desencarceramento e audiências de custódia: a porta giratória do crime
O caso de Patrick é emblemático da falência das audiências de custódia, que frequentemente resultam na soltura de criminosos com extensos antecedentes. A legislação penal ultrapassada, somada à política de desencarceramento promovida por setores do atual governo Lula, tem transformado o sistema judicial em uma porta giratória, onde o criminoso entra e sai com a mesma facilidade.
Impunidade faz assalto virar profissão e alimenta latrocínio
A vítima esquecida: sociedade refém
Enquanto a reincidência é relativizada, a população vive sob constante ameaça. A inversão de valores é clara: o criminoso é tratado como vítima da sociedade, enquanto as verdadeiras vítimas — comerciantes, moradores, trabalhadores — são ignoradas.
Até quando?
O caso de Patrick não é isolado. É o sintoma de um modelo que prioriza garantias abstratas em detrimento da segurança concreta. A reincidência não é futurologia — é estatística. E enquanto o sistema insiste em ignorá-la, o Brasil segue refém de sua própria omissão.
2025-08-18 16:04:00