Revolução alimentar à vista: projeto de lei propõe política de reeducação nutricional no Rio

O estado do Rio de Janeiro pode estar prestes a dar um passo ousado rumo à transformação dos hábitos alimentares da população. Tramita na Assembleia Legislativa (Alerj) o Projeto de Lei nº 6627/2025, que institui a Política Estadual de Conscientização


O estado do Rio de Janeiro pode estar prestes a dar um passo ousado rumo à transformação dos hábitos alimentares da população. Tramita na Assembleia Legislativa (Alerj) o Projeto de Lei nº 6627/2025, que institui a Política Estadual de Conscientização sobre a Qualidade Energética, Nutricional e Neurofuncional dos Alimentos. A proposta, de autoria do deputado Arthur Monteiro (União), pretende colocar a neurociência no centro da educação alimentar.

Alimentação como combustível para o cérebro

A iniciativa reconhece a alimentação como um dos pilares do desenvolvimento cognitivo e emocional. Com base em evidências científicas, o projeto busca ampliar o conhecimento sobre os impactos da nutrição no organismo humano, promovendo hábitos mais saudáveis e combatendo o consumo excessivo de ultraprocessados.

Monteiro alerta para os efeitos dopaminérgicos artificiais desses produtos, que podem comprometer humor, atenção e motivação. “A neurociência moderna tem demonstrado que o tipo de combustível que oferecemos ao cérebro influencia diretamente nossa estabilidade emocional, concentração e criatividade”, afirma o parlamentar.

Crianças e adolescentes no foco da mudança

Um dos eixos centrais da proposta é a educação alimentar nas escolas públicas. O texto prevê campanhas educativas voltadas a crianças e adolescentes, destacando a importância de uma dieta equilibrada e do sono adequado para o aprendizado. Também propõe a criação de espaços multidisciplinares que integrem neurociência, biologia e nutrição.

Estudos citados pelo deputado indicam que alunos com alimentação balanceada apresentam melhor desempenho escolar, maior estabilidade emocional e menor evasão.

Parcerias estratégicas e ações permanentes

Para viabilizar a política, o Executivo poderá desenvolver programas contínuos em parceria com as Secretarias de Saúde, Educação e Agricultura. Universidades e conselhos profissionais também devem colaborar na produção de conteúdo científico e na realização de campanhas de conscientização.

O projeto sugere ainda a inclusão de noções básicas de neurociência alimentar nos currículos escolares e ações periódicas de prevenção à obesidade infantil, fadiga mental e distúrbios emocionais ligados à má alimentação.

Próximos passos

A proposta segue em análise nas comissões da Alerj e, se aprovada, poderá colocar o Rio de Janeiro na vanguarda de uma política pública que une ciência, saúde e educação para transformar a relação da sociedade com a comida.



Conteúdo Original

2025-11-16 15:00:00

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