Públicos, mas nem tanto: vereadora cobra explicações sobre tarifas em hospitais veterinários da Prefeitura do Rio

Em meio à crescente insatisfação popular com a cobrança de serviços em hospitais veterinários municipais, a vereadora Rosa Fernandes (PSD) subiu à tribuna da Câmara do Rio nesta terça-feira (21) para propor a criação de uma comissão especial que investigue


Em meio à crescente insatisfação popular com a cobrança de serviços em hospitais veterinários municipais, a vereadora Rosa Fernandes (PSD) subiu à tribuna da Câmara do Rio nesta terça-feira (21) para propor a criação de uma comissão especial que investigue os critérios adotados pela Prefeitura na tarifação dos atendimentos. A parlamentar criticou a falta de uniformidade entre as unidades: enquanto três hospitais cobram por consultas e exames, postos veterinários e a Fazenda Modelo mantêm atendimento gratuito.

“São critérios distintos, na mesma cidade, com o mesmo propósito. Isso confunde a população. Precisamos esclarecer ou rever esse posicionamento da Prefeitura”, afirmou Rosa Fernandes.

A polêmica teve início em janeiro, quando o Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso, em Santa Cruz, passou a cobrar por atendimentos. A medida, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, visa custear procedimentos de maior complexidade, com valores que variam de R$ 20 a R$ 1.000, conforme tabela oficial publicada pela IVISA-Rio. Permanecem gratuitos serviços como castração, vacinação antirrábica, microchipagem, cremação de animais com zoonoses e registro.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, responsável pela IVISA-Rio, defendeu a cobrança, alegando que apenas quem está inscrito no CadÚnico tem direito à gratuidade. “Quem ganha mais de três salários mínimos tem condições de pagar e ajuda a manter o serviço para quem não tem”, declarou à época.

Desde então, o movimento nas unidades caiu drasticamente. “Muita gente vem aqui, descobre o valor do serviço e vai embora”, relatou uma professora que resgata animais de rua e não consegue arcar com os custos.

Hoje, o Rio conta com três hospitais veterinários públicos: o Instituto Jorge Vaitsman, na Mangueira; o Hospital Paulo Dacorso, em Santa Cruz; e o recém-inaugurado Hospital Municipal Veterinário São Francisco de Assis, em Irajá, Zona Norte, aberto em 11 de outubro com promessa de atendimento gratuito e estrutura ampliada.

Apesar dos avanços, moradores reclamam que os preços cobrados em algumas unidades superam os de clínicas populares particulares, gerando dúvidas sobre a real acessibilidade dos serviços públicos.

A expectativa é que a comissão possa revisar critérios, ampliar a transparência e garantir equidade no atendimento veterinário municipal.



Conteúdo Original

2025-10-21 17:03:00

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