O prefeito Valderico Junior (União Brasil) rompeu o silêncio com um desabafo contundente nas redes sociais: “A violência na Bahia atingiu níveis de barbaridade inaceitáveis. Três vidas foram cruelmente arrancadas neste sábado. É o retrato da incompetência do governador e da Segurança Pública do Estado da Bahia”.
A declaração veio após o assassinato brutal de Alexsandra Oliveira Suzart, Maria Helena do Nascimento Bastos e Mariana Bastos da Silva, mãe e filha, que desapareceram na sexta-feira (15) após saírem para passear com um cachorro na Praia dos Milionários — um dos cartões-postais mais visitados da região. Seus corpos foram encontrados no dia seguinte, com marcas de facadas, em uma área de vegetação próxima à orla.
O prefeito não poupou críticas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), cobrando ações concretas e resultados:
A Bahia, segundo o Anuário de Segurança Pública, abriga nove das 20 cidades mais violentas do país — e Ilhéus figura entre elas. Valderico classificou o cenário como “um palco de horror” e alertou que o caso não é isolado, mas “o sintoma da doença que consome toda a nossa Bahia”.
Turismo sob ameaça, facções em expansão
A tragédia expõe uma realidade alarmante: os pontos turísticos do Nordeste estão sendo tomados pela criminalidade. Vilarejos paradisíacos como Jericoacoara (CE), Porto de Galinhas (PE) e Trancoso (BA) têm sido infiltrados por facções criminosas que operam o tráfico de drogas e impõem regras próprias.
Em muitos desses locais, moradores vivem sob vigilância de “olheiros” e pistoleiros, enquanto o Estado falha em garantir segurança mínima. A Praia dos Milionários, antes símbolo de lazer e beleza natural, agora carrega o peso de um crime bárbaro que escancarou a vulnerabilidade da região.
Violência em alta, política de segurança em baixa
A escalada da violência na Bahia reflete o fracasso do governador petista em conter a criminalidade e é agravado pela ausência de uma política de segurança pública eficaz do governo Lula.
A legislação penal brasileira, considerada ultrapassada por especialistas, mas defendida por boa parte da esquerda, não pune com rigor e contribui para a sensação de impunidade.
Além disso, a política de desencarceramento defendida por setores do governo federal é apontada como um dos fatores que mantêm criminosos fora das cadeias, mesmo após reincidências graves.
Brasil em alerta: 16 das 20 cidades mais violentas estão no Nordeste. Confira o ranking
Clamor por justiça
Enquanto a Polícia Civil investiga o caso e a Secretaria das Mulheres do Estado promete acompanhar as apurações, a população exige mais do que notas de pesar.
Protestos tomaram as ruas de Ilhéus, com mulheres marchando pela BA-001 e cartazes que diziam “Parem de nos matar”. A dor da comunidade é profunda — e o clamor por justiça, urgente.
2025-08-19 08:16:00