Popularidade de Lula volta a cair após efeito Trump esfriar, aponta AtlasIntel

A pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira (28) mostra que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cair. Após surfar na onda do tarifaço de Donald Trump — que ameaçou impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros


A pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira (28) mostra que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cair. Após surfar na onda do tarifaço de Donald Trump — que ameaçou impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros — Lula viu sua aprovação recuar para 48%, enquanto a desaprovação subiu para 51%. O efeito político da crise comercial, que inicialmente fortaleceu a imagem do presidente como defensor da soberania nacional, perdeu força com a entrada em vigor das sanções em agosto.

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Corrupção domina percepção negativa e amplia desgaste do governo

A corrupção foi apontada por 59,5% dos entrevistados como o principal problema do país — um dado que pesa diretamente sobre a imagem do governo Lula, cuja gestão é vista com desconfiança por boa parte da população. A insatisfação se estende a outras áreas: 55% desaprovam a política de segurança pública, 54% criticam o controle de gastos, e 47% avaliam negativamente a situação econômica. A percepção de que o governo não está entregando resultados concretos em áreas essenciais contribui para o avanço da oposição e para o enfraquecimento da base de apoio de Lula.

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Bolsonaro lidera em cenário eleitoral simulado

O levantamento também revela que, se as eleições presidenciais fossem neste domingo e os candidatos fossem os mesmos de 2022, Jair Bolsonaro estaria à frente de Lula com 48,3% das intenções de voto, contra 48,2% do atual presidente — um empate técnico, mas com leve vantagem para o ex-mandatário. Mesmo inelegível, Bolsonaro continua sendo o principal nome da direita, mantendo forte influência sobre o eleitorado conservador, apesar de estar inelegível.

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Direita mostra força para 2026

Como alternativa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparecem como outros nomes competitivos da direita em um eventual segundo turno contra Lula. Segundo a pesquisa, Tarcísio venceria o presidente com 48,4% contra 46,6%. Michelle aparece empatada tecnicamente com Lula (48,8% a 47,9%), enquanto Romeu Zema e Ronaldo Caiado seriam derrotados com margem superior a cinco pontos.

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Alerta no Planalto e pressão por resultados

A queda na aprovação e o avanço de adversários acendem um sinal de alerta no Palácio do Planalto. Lula terá de apresentar resultados mais concretos e reformular sua estratégia de comunicação para conter o desgaste. A narrativa de enfrentamento externo já não sustenta os desafios internos, e o tempo começa a jogar contra o presidente em um cenário cada vez mais competitivo. Pelo visto, Lula terá que trocar de boné.



Conteúdo Original

2025-08-28 09:51:00

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