Imagina ganhar 12 vezes na Megasena da Virada, que promete pagar cerca de R$ 1 bilhão no dia 31 de dezembro. Agora imagina perder esse dinheiro. Pois isso é exatamente o que a Polícia Civil está buscando: um prejuízo de R$ 12 bilhões para as organizações criminosas. Esse é o valor de pedido de bloqueio de bens e valores feito pelas delegacias da instituição desde o início da gestão do secretário Felipe Curi, em setembro de 2024.
Esse resultado, um recorde para a Polícia Civil, evidencia uma estratégia cada vez mais focada não apenas na atuação operacional em comunidades, mas, sobretudo, no enfrentamento direto ao poder econômico das facções criminosas. Ao logo desse período, a instituição vem efetuandi duros golpes na estrutura financeira das organizações criminosas no estado e as ações seguirão firmes em 2026.
Somente contra narcoterroristas ligados ao Comando Vermelho, no âmbito da “Operação Contenção”, os pedidos de bloqueio somam cerca de R$ 7 bilhões, atingindo empresas de fachada, contas bancárias, bens de alto valor e estruturas utilizadas para a lavagem de dinheiro e financiamento das atividades criminosas. A atuação integrada das delegacias especializadas e distritais tem permitido identificar e desarticular fluxos financeiros que sustentam o tráfico de drogas, o comércio ilegal de armas e outros crimes conexos.
Esse resultado expressivo é reflexo de uma mudança de cultura institucional dentro da Polícia Civil, com a ampliação de investigações patrimoniais e financeiras. A estratégia vem sendo difundida por meio de cursos e capacitações ministrados pelo Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR), o que tem garantido que unidades especializadas e delegacias distritais contem com equipes preparadas para atuar nesse tipo de investigação.
“A Polícia Civil trabalha de forma silenciosa e técnica para combater o crime em todas as suas frentes. Enquanto as facções tentam mostrar força, nós atuamos e continuaremos trabalhando para retirar aquilo que as sustenta: o dinheiro”, afirmou o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.
Ainda de acordo com o secretário, existe uma parcela da sociedade que insiste na falsa narrativa de que a Polícia Civil só trabalha com confronto.
“A Polícia Civil não trabalha pela metade. Temos coragem e disposição para operar nos redutos dos criminosos, onde eles oprimem os moradores, mas também temos técnicas para atuar onde eles lavam dinheiro”, destacou o secretário Felipe Curi.
Para Curi, este montante em pedidos de bloqueio é um verdadeiro cala-boca nos falsos especialistas e narcoativistas de plantão.
“Afinal, nunca na história da Polícia Civil se bloqueou recursos deste volume”, enfatizou o secretário.
A efetividade das investigações pode ser observada também no aumento dos indiciamentos. Apenas nos inquéritos por lavagem de dinheiro, o aumento foi de 500% na atual gestão.
2025-12-29 09:42:00



