Polícia Civil do RJ já bloqueou mais de R$ 12 bilhões de organizações criminosas

Esse resultado, um recorde para a Polícia Civil, evidencia uma estratégia cada vez mais focada não apenas na atuação operacional em comunidades, mas, sobretudo, no enfrentamento direto ao poder econômico das facções criminosas (Divulgação) Com informações do Coisas da Política.



Esse resultado, um recorde para a Polícia Civil, evidencia uma estratégia cada vez mais focada não apenas na atuação operacional em comunidades, mas, sobretudo, no enfrentamento direto ao poder econômico das facções criminosas (Divulgação)

Com informações do Coisas da Política. A Polícia Civil do Rio de Janeiro alcançou um marco inédito no combate ao crime organizado: desde setembro de 2024, quando o delegado Felipe Curi assumiu a Secretaria de Estado de Polícia Civil, as delegacias da corporação já solicitaram mais de R$ 12 bilhões em bloqueios de bens e valores de organizações criminosas.

O número representa o maior volume já registrado pela instituição e reflete uma mudança de foco estratégico, que vai além da presença ostensiva em comunidades. O objetivo é atacar diretamente a estrutura financeira das facções, minando o poder de sustentação dos grupos criminosos com base em inteligência e investigação patrimonial.

Somente no âmbito da “Operação Contenção”, voltada a facções ligadas ao Comando Vermelho, os pedidos de bloqueio já somam R$ 7 bilhões, atingindo empresas de fachada, contas bancárias, imóveis, veículos e fluxos de capital ligados ao tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro.

“A Polícia Civil trabalha de forma silenciosa e técnica para combater o crime em todas as suas frentes. Enquanto as facções tentam mostrar força, nós atuamos para retirar aquilo que as sustenta: o dinheiro”, afirmou o secretário Felipe Curi.

O avanço decorre de um trabalho integrado das delegacias especializadas e distritais, com formação continuada das equipes via cursos do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR). Isso tem ampliado a capacidade de investigação financeira em toda a estrutura da Polícia Civil.

Segundo Curi, a atuação vai além dos confrontos armados, contrariando discursos que tentam limitar o papel da corporação:

“Existe uma parcela da sociedade que insiste na falsa narrativa de que a Polícia Civil só trabalha com confronto. Temos coragem para atuar nos redutos do crime, mas também temos técnica para desarticular os esquemas de lavagem de dinheiro”, reforçou.

A atual gestão também registrou um crescimento de 500% nos indiciamentos por lavagem de dinheiro, evidenciando a eficácia do modelo adotado.

“Nunca na história da Polícia Civil se bloqueou recursos deste volume. Isso é um recado claro aos falsos especialistas e narcoativistas de plantão”, concluiu o secretário.

As ações seguem firmes em 2026, com o compromisso de enfraquecer o crime pela raiz: o capital que o financia.



Conteúdo Original

2025-12-29 10:07:00

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