PM afasta subtenente e revoga porte de arma após post comemorando morte de ativista americano

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tomou uma decisão contundente: revogou o porte de arma e a carteira funcional do subtenente Flávio Silva, lotado no Depósito Central de Munições (DCMun), após uma publicação nas redes sociais


A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tomou uma decisão contundente: revogou o porte de arma e a carteira funcional do subtenente Flávio Silva, lotado no Depósito Central de Munições (DCMun), após uma publicação nas redes sociais que causou indignação dentro e fora da corporação. Em sua conta pessoal no Facebook, o policial escreveu: “Com sorriso no rosto pela morte de Charles Kirk, repentina, sem tempo de arrependimento, inferno garantido, enfia o visto no olho do c EUA kkk”* — uma reação à execução pública do ativista norte-americano, morto em 10 de setembro de 2025 durante evento na Universidade de Utah Valley.

Post fardado e discurso de ódio: Conselho de Disciplina acionado

Segundo o Boletim Interno nº 171 da PMRJ, datado de 19 de setembro, Flávio Silva o conteúdo trajando a farda da corporação, o que agravou ainda mais a situação. A postagem foi classificada como “indecorosa e desrespeitosa”, com referência direta ao homicídio de Charlie Kirk, figura pública conhecida por seu ativismo político nos Estados Unidos. A corregedoria-geral da PM considerou o ato incompatível com os valores e deveres de um agente da lei, destacando que comemorar a morte de alguém por divergência política representa risco à sociedade e à própria imagem institucional da corporação.

Perfil considerado inadequado para a função policial

O corregedor-geral determinou o encaminhamento do subtenente ao Conselho de Disciplina, que deverá apurar a infração e avaliar sua permanência na corporação. A medida foi tomada com base na avaliação de que Flávio Silva teria demonstrado com a publicação, um perfil inadequado para o exercício das atribuições policiais, colocando em xeque sua capacidade de agir com imparcialidade, equilíbrio e respeito aos direitos humanos.

Mal-estar interno e alerta institucional

A repercussão da postagem gerou profundo mal-estar entre colegas de farda e autoridades da segurança pública. A PMRJ reforçou que manifestações de ódio, especialmente vindas de agentes armados e investidos de autoridade, não serão toleradas. A decisão de afastar o subtenente de suas funções operacionais é vista como um recado claro: o compromisso da corporação com a ética e o respeito à vida está acima de qualquer posicionamento ideológico.



Conteúdo Original

2025-09-22 10:10:00

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