Em meio a crescentes tensões geopolíticas, uma denúncia acende o alerta sobre a segurança nacional brasileira: veículos elétricos da montadora chinesa BYD, cedidos gratuitamente a autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, podem estar sendo usados como ferramentas de espionagem. A máxima “não existe almoço grátis” ganha novo peso diante da suspeita de que a generosidade chinesa esconde uma sofisticada operação de coleta de dados sensíveis.
Tecnologia embarcada e risco silencioso
Os carros, fornecidos por meio de contratos de comodato a instituições como o STJ, TCU, Câmara dos Deputados e até à Presidência da República, estão equipados com sensores, câmeras e sistemas de conectividade capazes de captar informações visuais, sonoras, de geolocalização e até biométricas. A suspeita é de que esses dados seriam transmitidos diretamente para servidores na China.
Brasileiro que é vereador nos EUA denuncia ameaça à soberania
A denúncia foi feita por Maurício Galante, brasileiro que é vereador eleito em Arlington, Texas. Ele tem se destacado por sua postura crítica em relação à segurança digital do Brasil. Em entrevista ao portal No Centro do Poder, Galante classificou a situação como uma “grave ameaça à soberania nacional” e criticou o silêncio do governo diante das suspeitas.
Israel já restringiu uso dos veículos BYD
A preocupação não é isolada. Em Israel, o Ministério da Defesa proibiu o uso dos modelos BYD Atto 3 por oficiais de alta patente e vetou sua entrada em bases militares, após especialistas em cibersegurança identificarem riscos de espionagem. Mesmo com o sistema de emergência eCall desativado, a presença dos dispositivos foi considerada um risco — um alerta que, segundo Galante, o Brasil ignora.
Diplomacia brasileira sob escrutínio internacional
Galante também critica a aproximação do Brasil com regimes ditatoriais adversários do mundo ocidental, como China, Rússia, Irã e Venezuela, e condena a recusa do governo em classificar facções como o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas transnacionais. Para ele, essa omissão compromete a segurança interna e enfraquece a posição do país no cenário global e tem gerado retaliações.
Sanções são um recado direto de Washington
Em um movimento sem precedentes, os Estados Unidos impuseram a maior taxa comercial ao Brasil e sanções ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky — legislação que pune violações de direitos humanos e corrupção. As sanções incluem bloqueio de bens e proibição de entrada nos EUA. Galante vê essas medidas como um reflexo direto da insatisfação internacional com a postura brasileira.
Brasil na mira de sanções mais duras
Caso o governo brasileiro não revise sua política externa e adote medidas concretas para proteger sua soberania digital e institucional, o país poderá enfrentar punições econômicas e diplomáticas ainda mais severas. “O Brasil está se afastando de seus aliados históricos e se aproximando de regimes que representam riscos à estabilidade global”, alerta Galante.
2025-08-04 09:59:00