Buenos Aires e Brasília vivem realidades econômicas opostas. Enquanto o presidente argentino Javier Milei anuncia que estrangeiros que realizarem “investimentos relevantes” poderão solicitar cidadania argentina, o Brasil vê sua economia patinar e sofre os impactos de uma política externa que o distancia do Ocidente.
Milei transforma a Argentina em polo de atração global
A Argentina vive uma guinada histórica. Após anos de hiperinflação e instabilidade sob a gestão da esquerda, o país começa a colher os frutos das reformas liberais promovidas por Milei. Em maio, o crescimento econômico foi de 5%, acumulando alta de 6,1% em 2025. A inflação, que chegou a 300% em 2024, caiu drasticamente para 1,6% ao mês. O governo também registrou superávit fiscal pela primeira vez em mais de uma década, resultado de cortes de gastos, privatizações e uma política de abertura comercial agressiva.
O anúncio de que investidores estrangeiros que realizarem aportes relevantes poderão solicitar cidadania argentina reforça a estratégia de transformar o país em um polo global de capital e inovação. A medida foi recebida com entusiasmo por empresários e analistas internacionais, que veem na Argentina um novo destino promissor para investimentos, especialmente diante da valorização do peso e da melhora na nota de crédito do país pela Moody’s.
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Brasil sob Lula: estagnação e isolamento
Enquanto isso, o Brasil segue em marcha lenta. O PIB ficou estagnado em fevereiro, e as projeções para o ano indicam crescimento tímido de apenas 1,3%. A inflação acumulada em 12 meses está em 5,48%, pressionada por gastos públicos e incertezas fiscais. Mas o maior golpe veio de fora: o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, como carne, café e frutas, alegando perseguição política e censura a empresas americanas no Brasil.
O tarifaço é visto como uma resposta direta à política externa de Lula, que tem priorizado alianças com regimes autoritários como Irã, Rússia, China e Venezuela, em detrimento de relações estratégicas com os EUA e a Europa. O chanceler brasileiro sequer foi recebido pela Casa Branca, e senadores americanos alertaram que o Brasil precisa “recalibrar” sua diplomacia para evitar sanções mais severas.
Uma América do Sul, dois caminhos
Enquanto Milei aposta em liberdade econômica, desregulamentação e integração com o Ocidente, Lula parece seguir uma rota de confronto ideológico e isolamento comercial. A Argentina, antes afundada em populismo, começa a se tornar um case de sucesso liberal. Já o Brasil corre o risco de perder mercados estratégicos, ver sua balança comercial se deteriorar e aprofundar sua estagnação.
2025-08-01 09:20:00