Menos bravatas e mais coragem! Secretário de Paes pede ajuda na ONU contra o crime, mas solução está ao seu redor

Enquanto o Rio de Janeiro se vê refém da atuação cada vez mais ousada de milícias e facções, o secretário municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, João Pires, decidiu que a melhor estratégia seria… pedir socorro à ONU. Em


Enquanto o Rio de Janeiro se vê refém da atuação cada vez mais ousada de milícias e facções, o secretário municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, João Pires, decidiu que a melhor estratégia seria… pedir socorro à ONU. Em plena Conferência da UNCTAD, em Genebra, entregou uma carta denunciando a exploração de consumidores em áreas dominadas pelo crime. Uma jogada de marketing internacional e oportunismo eleitoreiro, travestidos de preocupação com os direitos humanos.

Na carta, Pires afirma que moradores de comunidades são obrigados a comprar gás, internet e energia diretamente de criminosos — como se essa realidade não fosse escancarada há anos e não tivesse solução aqui mesmo, entre o Palácio da Cidade e Brasília. E claro, propôs medidas dignas de quem quer parecer globalizado: reforçar fronteiras, vigiar fluxos financeiros e democratizar o acesso à internet. Tudo isso parece sofisticado, mas não toca no cerne do problema.

Talvez João tenha se esquecido — ou preferido ignorar — que o governo federal, aliado de Paes para 2026, é justamente quem enfraquece o combate ao crime com sua política de desencarceramento. O tal Plano Pena Justa, patrocinado por Lula, privilegia penas alternativas mesmo para reincidentes, enquanto vítimas seguem esquecidas. Curiosamente, essas mesmas vítimas raramente são tema de cartas protocolares para a ONU.

E como cereja do bolo, temos o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), braço direito de Paes, que votou contra o fim da saidinha dos presos no Congresso. Sim, ele defende que detentos tenham permissão para sair periodicamente — mesmo com os inúmeros casos de crimes cometidos durante essas saídas.

A verdade é que não precisamos que João Pires tire passagens internacionais — precisamos que ele tire lições nacionais. Há projetos tramitando que endurecem o Código Penal, exigem maior cumprimento de pena para crimes graves e combatem a criminalidade com firmeza. Mas isso exige posicionamento político de verdade — e não discursos cosméticos.

Se o objetivo é garantir a dignidade da população, como o próprio secretário declarou, que se comece com menos bravatas e mais coragem: enfrentar a criminalidade com leis duras, rever políticas de soltura e parar de fazer da ONU uma plateia para problemas que têm palco e solução aqui mesmo.



Conteúdo Original

2025-07-11 12:50:00

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE