Mais de R$ 1 milhão em livros: Governo do RJ investe na renovação de acervos durante a Bienal

Durante a 22ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, o Governo do Estado deu um passo decisivo para fortalecer a leitura nos quatro cantos do território fluminense. Mais de 100 bibliotecas de 67 municípios receberam vouchers de R$ 10 mil cada, totalizando mais de R$ 1 milhão investido na aquisição de novos títulos.

A ação integra a campanha “Do Rio ao RJ”, celebrando o título de Capital Mundial do Livro concedido à cidade do Rio em 2025, e reforça o compromisso do Estado com o acesso democrático à cultura. No coração da Bienal, a “Casa da Leitura e do Conhecimento” — estande da Secretaria de Cultura e Economia Criativa — tornou-se o ponto de encontro de representantes de todos os 92 municípios e palco de uma programação vibrante com autores de mais de 20 cidades.

“A iniciativa permite que o interior também viva a potência da Bienal e fortaleça seu vínculo com a literatura”, destacou a secretária Danielle Barros. Ela enfatizou que o impacto se estende muito além dos corredores do Riocentro: “Esses livros vão direto para a ponta, chegando a quem precisa.”

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Um dos exemplos vem de Cantagalo, na Região Serrana, que recebeu R$ 50 mil destinados às cinco bibliotecas locais. Segundo o secretário municipal de Cultura, Guilherme Zanon, mais da metade do valor foi usada já no primeiro dia. “Já adquirimos R$ 30 mil em livros e vamos completar o restante ainda durante a Bienal”, afirmou.

Petrópolis, por sua vez, utilizou os recursos para reconstituir o acervo da Biblioteca Central Gabriela Mistral, duramente atingida pelas chuvas de 2022. “Essa ajuda veio em ótima hora”, celebrou a bibliotecária Lorena de Oliveira, que escolheu os livros com base nos títulos mais procurados pela comunidade local.

Os vouchers são válidos exclusivamente durante os dez dias da Bienal, estimulando aquisições imediatas e otimizando o impacto da ação.

Além da renovação dos acervos, a Casa da Leitura promove uma intensa programação literária com lançamentos, rodas de conversa, saraus, palestras e apresentações. Dos mais de 400 inscritos na convocatória pública, 89 fazedores de cultura foram selecionados para dar voz à literatura feita fora dos grandes centros.

O interior do estado, muitas vezes deixado à margem, agora assume protagonismo nas prateleiras — e nas narrativas — da cultura fluminense. 📚