A libertação de Patrick Rocha Maciel, de apenas 21 anos, mas já com impressionantes 86 passagens pela polícia, representa uma verdadeira licença para roubar e um tapa na cara da sociedade brasileira. Enquanto o cidadão de bem luta honestamente para sustentar sua família, vê seus bens — fruto de suor e sacrifício — serem levados sob a égide da impunidade.
No alvará de soltura, o juiz responsável pela decisão alegou que “não se pode presumir que os acusados retornarão a delinquir”, afirmando que qualquer previsão seria “exercício de futurologia”. Não é piada, nem futurologia, é questão de bom senso.
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O histórico de Patrick: uma crônica da reincidência
– Patrick foi preso pela sétima vez no dia 29 de junho de 2025, acusado de furtar dois apartamentos em Copacabana, um templo evangélico e uma farmácia em Ipanema.
– Seu currículo criminal inclui ameaça, roubo, invasão de domicílio e lesão corporal, além de participação em motins quando menor.
– Em 2022, foi preso após assaltar uma casa armado com um espeto de churrasco, ameaçando um turista.
– Apesar da alegação de que os crimes recentes foram “sem violência”, nada garante que não haveria violência caso ele se defrontasse com a vítima.
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Legislação branda e política de desencarceramento
A decisão judicial que permitiu sua soltura se baseou no fato de que o crime atual não envolveu violência ou grave ameaça. No entanto, há quem argumente que essa interpretação ignora o risco concreto à ordem pública e a habitualidade criminosa do réu, como alertado por juízes em decisões anteriores.
Mas por trás da libertação está muito mais do que uma simples canetada. Está a legislação ultrapassada que beneficia o criminoso em detrimento da vítima e a política de desencarceramento do governo Lula, materializada no plano “Pena Justa”.
O programa, embora com objetivos de combater a superlotação e promover reintegração social, tem sido criticado por estimular a soltura de criminosos reincidentes, mesmo quando representam ameaça à segurança pública. A população, por sua vez, encara o aumento da violência.
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Sensação de impunidade e descrédito no sistema
A soltura de Patrick reacende o debate sobre a falência do sistema penal brasileiro:
– Unidades socioeducativas falharam em recuperar o jovem durante a adolescência.
– Presídios não ressocializam, mas funcionam como centros de recrutamento para facções criminosas.
– A legislação leniente e a inversão de prioridades colocam o criminoso acima da vítima.
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Revolta popular e clamor por justiça
Moradores e comerciantes da Zona Sul do Rio, onde Patrick atua, estão indignados e inseguros. Delegados e policiais relatam o desestímulo de prender sempre os mesmos infratores, apenas para vê-los soltos dias depois.
A história de Patrick não é apenas sobre um jovem em conflito com a lei. É sobre um Estado que falha em proteger seus cidadãos, que premia a reincidência e ignora o clamor por segurança. Enquanto isso, o cidadão honesto segue vulnerável, refém de um sistema que parece ter perdido o rumo.
2025-08-06 07:00:00