Teresina vive dias de terror. A capital piauiense e sua região metropolitana estão reféns de uma onda de violência que escancara o avanço do crime organizado e a fragilidade das instituições de segurança pública. O episódio mais recente — e simbólico — ocorreu neste domingo (22), quando a Polícia Militar resgatou um técnico de enfermagem que estava sendo torturado por criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) na zona Norte da cidade. A vítima, mantida em cárcere desde sexta-feira, apresentava fraturas nos braços, costelas e crânio, e seria executada em um “tribunal do crime”.
Horas depois, já na madrugada desta segunda-feira (23), quatro criminosos foram presos enquanto comemoravam o assassinato de um adolescente, em mais um capítulo da barbárie que se tornou rotina em Teresina.
A sequência de crimes nos últimos dias é alarmante. No sábado (21), um jovem de 23 anos foi morto com um tiro no peito. Na sexta-feira (20), dois homens foram assassinados na zona Norte da capital. No mesmo dia, o corpo de um homem foi encontrado em uma vala às margens da BR-316, entre Teresina e Demerval Lobão. Ainda na sexta, o empresário piauiense agredido brutalmente em Petrolina teve morte encefálica confirmada. E na quinta-feira (19), uma dupla armada foi presa suspeita de manter um motorista de aplicativo refém na zona Sudeste da cidade.
A escalada da violência não é um fenômeno isolado. Pesquisa recente aponta que, pela primeira vez na história, a segurança pública se tornou a principal preocupação dos brasileiros — superando saúde, educação e desemprego. O dado é um duro golpe para o governo Lula, que amarga sucessivas quedas de popularidade. Ao que parece, a política de desencarceramento adotada pela atual gestão, aliada a uma legislação penal ultrapassada e à impunidade crônica, tem contribuído para o aumento da reincidência e fortalecimento das facções criminosas.
Violência assusta e se mantém como maior temor dos brasileiros sob o governo Lula
Críticos do governo acusam o presidente de tratar criminosos como vítimas da sociedade, em detrimento das verdadeiras vítimas da violência. Essa percepção tem alimentado o desgaste da imagem de Lula, especialmente entre os eleitores das regiões mais afetadas pela criminalidade.
Enquanto isso, em Teresina, a população segue acuada, vivendo sob o medo constante de se tornar a próxima estatística. A cidade clama por respostas — e por justiça de verdade.
2025-06-24 07:00:00
