Homenagem a Carlos Bolsonaro provoca confusão na Câmara

Com informações de Diário do Rio. O vereador Carlos Bolsonaro (PL) vai receber a Medalha Pedro Ernesto, principal honraria concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A homenagem ao filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro foi proposta por Rogério



Com informações de Diário do Rio. O vereador Carlos Bolsonaro (PL) vai receber a Medalha Pedro Ernesto, principal honraria concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A homenagem ao filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro foi proposta por Rogério Amorim (PL) e aprovada em votação simbólica nesta quinta-feira (9). Apenas Monica Benício (Psol) se manifestou contra.

O projeto contou com o apoio de outros 15 vereadores, entre eles o presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD). Também assinam como coautores Felipe Boró (PSD), Dr. Gilberto (SD), Tânia Bastos (Republicanos), Junior da Lucinha (PSD), Zico (PSD), Willian Coelho (DC), Fernando Armelau (PL), Leniel Borel (PP), Diego Faro (PL), Poubel (PL), Marcelo Diniz (PSD), Paulo Messina (PSD) e Welington Dias (PDT).

Na justificativa, os autores destacam que “desde o início de seu mandato, o vereador Carlos Bolsonaro tem demonstrado compromisso exemplar com o fortalecimento da função legislativa e com a representação dos interesses do povo carioca”. O texto também elogia a “fiscalização rigorosa dos atos do Executivo e a defesa de pautas voltadas à segurança pública e à transparência administrativa”.

Clima esquenta entre vereadores após aprovação da homenagem

Mas o clima na Câmara ficou longe de ser harmonioso. O vereador Leonel de Esquerda (PT), que não se manifestou durante a votação, subiu depois à tribuna para criticar duramente a homenagem. “Pouco ou quase nada trabalhou. Única coisa que fez pelo país foi tentar articular uma tal de Abin Paralela enquanto seu papai era presidente para perseguir os opositores políticos”, disparou o petista, referindo-se ao indiciamento de Carlos por suposto esquema de espionagem.

A fala provocou reação imediata de Rogério Amorim, que anunciou que levará o caso à Comissão de Ética. “Imputou crime ao vereador Carlos Bolsonaro. Vai ter que provar. Vilipêndio a mandato de colega não faz parte desta Casa”, rebateu.

Outros parlamentares também aproveitaram a sequência de votações para se posicionar contra a entrega da medalha. Enquanto os colegas trocavam farpas, Carlos Bolsonaro manteve-se em silêncio. “Só agradecer a homenagem. Em um momento oportuno, farei a defesa dela. Continuemos a sessão e os trabalhos”, limitou-se a dizer.

No fim, o vereador Dr. Gilberto ainda reclamou do excesso de discursos fora de pauta. Com a atualização do Regimento Interno, ficou decidido que as manifestações sobre temas alheios às matérias em votação devem ocorrer antes ou depois da sessão ordinária — o que, como se viu, nem sempre é seguido à risca.



Conteúdo Original

2025-10-11 09:40:00

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