Heróis em combate: saiba quem são os sargentos do BOPE que tombaram na linha de frente da guerra urbana no Rio

Em meio ao cenário de guerra que se instalou nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, dois nomes se destacam não apenas pela bravura, mas pelo legado de dedicação à segurança pública: os sargentos Heber


Em meio ao cenário de guerra que se instalou nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, dois nomes se destacam não apenas pela bravura, mas pelo legado de dedicação à segurança pública: os sargentos Heber e Cleiton, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), mortos em confronto durante a megaoperação que já é considerada a mais letal da história recente do estado.

Formação de elite e vocação para o combate

Ambos constavam na lista oficial de matriculados no Curso Especial de Formação de Sargentos à Distância (CEFS/EAD/2023), divulgada pela Diretoria-Geral de Ensino e Instrução da PM. Mais do que soldados, eram estudiosos da técnica e da estratégia. Heber, especialista em tiro de precisão, havia concluído o 8º Curso de Atirador de Precisão Policial (CAPP I) neste ano. Cleiton, aos 40 anos, demonstrava paixão por táticas de apoio, tendo participado dos cursos de Extensão em Tiro de Apoio II e III.

Sacrifício em nome da lei

Na manhã de terça-feira, os dois sargentos integravam a linha de frente da operação Contenção, que mobilizou 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, além de promotores do Gaeco/MPRJ. O objetivo: desmantelar o núcleo do Comando Vermelho (CV), que transformou os complexos em bases para expansão territorial e tráfico interestadual. A ação resultou em 81 prisões, mais de 70 fuzis apreendidos e 60bandidos mortos — mas também custou a vida de quatro policiais, entre eles os dois sargentos do BOPE.

Confronto sem precedentes

A operação escancarou uma nova realidade: o uso de drones para lançar granadas contra forças especiais, uma tática de guerra que ultrapassa os limites da segurança pública tradicional. O governador Cláudio Castro classificou o episódio como uma “operação de Estado de Defesa”, clamando por apoio federal diante da escalada bélica das facções e das negações de ajuda por parte da União.

Legado de coragem

Heber e Cleiton não foram apenas vítimas de um confronto brutal — foram símbolos de uma luta diária travada por homens e mulheres que enfrentam o crime organizado com coragem, técnica e honra. Seus nomes agora se somam à galeria dos que tombaram defendendo o que muitos apenas discursam: a paz.



Conteúdo Original

2025-10-28 18:11:00

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE