Governo do RJ investe R$ 27 milhões em tecnologia contra os drones do crime

Em uma ofensiva inédita contra o uso criminoso de drones, o Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou a aquisição de 80 sistemas antidrones, os chamados C-UAS (Counter-Unmanned Aircraft Systems), com investimento previsto de quase R$ 27 milhões. O


Em uma ofensiva inédita contra o uso criminoso de drones, o Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou a aquisição de 80 sistemas antidrones, os chamados C-UAS (Counter-Unmanned Aircraft Systems), com investimento previsto de quase R$ 27 milhões.

O pregão eletrônico foi lançado nesta segunda-feira (25), e os equipamentos serão distribuídos entre as polícias Civil e Militar, além da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Tecnologia contra o crime aéreo

A medida é uma resposta direta ao avanço das facções criminosas que vêm utilizando drones para monitorar ações policiais, transportar armas, drogas e celulares para dentro de presídios, além de lançar explosivos em áreas dominadas por grupos rivais. Em 2024, um drone com autonomia de 46 minutos foi apreendido na Zona Norte do Rio após ser usado para lançar granadas em comunidades.

Os novos sistemas contam com tecnologia de bloqueio por radiofrequência (Jammer), capazes de detectar, rastrear e neutralizar drones em pleno voo. Após a interrupção do sinal, os equipamentos podem forçar o pouso ou retorno da aeronave ao ponto de origem.

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Distribuição estratégica

Dos 80 sistemas adquiridos, 36 serão destinados à Polícia Civil, 34 à Polícia Militar, seis ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e quatro à Seap. O objetivo é proteger áreas sensíveis, como unidades prisionais e locais de grandes eventos, além de reforçar a segurança de autoridades e servidores públicos.

Pacote tecnológico bilionário

Segundo o governador Cláudio Castro, a iniciativa faz parte de um pacote de investimentos em tecnologia que já ultrapassa R$ 4,5 bilhões, incluindo câmeras corporais, reconhecimento facial, leitura de placas e drones de última geração.

“A crescente sofisticação das ameaças exige uma resposta tecnológica à altura. A aquisição desse sistema antidrone é um passo fundamental para garantir a proteção de nossas autoridades, servidores e do patrimônio público, além de reforçar a segurança pública”, declarou o secretário do GSI-RJ, Edu Guimarães.

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Impacto esperado

Além de impedir o contrabando aéreo em presídios, os sistemas devem reduzir riscos de colisões, espionagem e ataques terroristas, fortalecendo o aparato de segurança em operações e eventos de grande porte.

O céu do Rio, antes dominado por olhos criminosos, agora será vigiado por uma nova geração de sentinelas invisíveis, desta vez, a favor da lei.

 



Conteúdo Original

2025-08-26 10:40:00

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