Fronteiras viram peneiras no governo Lula e fuzis tomam conta das ruas do Rio e outras cidades do país

Em que lugar do mundo criminosos usam fuzis — armas de guerra — para roubar um carro em plena zona urbana? A resposta é alarmante: nas cidades brasileiras. Na madrugada desta quarta-feira (7), quatro homens encapuzados e fortemente armados de


Em que lugar do mundo criminosos usam fuzis — armas de guerra — para roubar um carro em plena zona urbana? A resposta é alarmante: nas cidades brasileiras. Na madrugada desta quarta-feira (7), quatro homens encapuzados e fortemente armados de fuzis renderam um motorista e roubaram seu veículo na Praia do Flamengo, um dos cartões-postais da capital fluminense, numa ação registrada por câmeras de segurança que durou poucos segundos.

O Rio de Janeiro não fabrica fuzis, mas é o estado que mais sofre com a entrada dessas armas pelas fronteiras brasileiras. Segundo levantamento do jornal O Globo, 43% de todos os fuzis apreendidos no país nos últimos dez anos estavam no Rio — um total de 4.714 exemplares. O governador Cláudio Castro já alertou que o estado está em guerra e cobrou do presidente Lula ações mais efetivas no combate à violência armada, através do controle das fronteiras.

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O estado do Rio de Janeiro alcançou em 2024 o maior número de apreensões de fuzis desde o início da série histórica do Instituto de Segurança Pública, em 2007. Foram 732 armas de guerra retiradas das mãos de criminosos, uma média de dois fuzis por dia. O número representa um aumento de 20% em relação a 2023, quando foram apreendidos 610 fuzis.

Segundo a Polícia Militar, quase metade dos fuzis apreendidos são de fabricação estrangeira, com destaque para modelos da marca norte-americana Colt. O dado reforça o alerta sobre o tráfico internacional de armamentos e a necessidade de atuação mais firme do governo federal no controle das fronteiras.

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E os casos se multiplicam:

– Em junho, um policial militar foi assassinado com tiros de fuzil ao tentar impedir um assalto na Avenida Brasil.
– No Réveillon, criminosos dispararam fuzis para o alto em Copacabana, ferindo uma criança com bala perdida.
– Em Itaboraí, a Polícia Militar apreendeu nove fuzis e duas metralhadoras em uma única operação contra o crime organizado.
– Em Foz do Iguaçu, assaltantes armados com fuzil roubaram mercadorias em plena luz do dia.
– Um fuzil rastreado pela Polícia Federal percorreu mais de 1.300 km e foi usado em mega-assaltos em Araçatuba (SP) e Guarapuava (PR), revelando o poder logístico das facções criminosas.

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O caminho das armas

A Polícia Federal tem mapeado o trajeto de fuzis que cruzam o país como se fossem encomendas logísticas. Um único fuzil foi usado em assaltos em três estados diferentes, evidenciando o compartilhamento de arsenal entre quadrilhas e a fragilidade das fronteiras brasileiras e dos limites entre os estados.

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O Brasil precisa reagir

O uso de fuzis em crimes urbanos não é apenas um problema de segurança pública — é uma ameaça à soberania nacional. Mas essa guerra não será vencida apenas com patrulhamento reativo. É preciso ação coordenada entre estados, e principalmente que o governo federal faça a sua parte fechando as rotas do tráfico de armas e desmantelando as facções que transformaram o Brasil em um campo de batalha.



Conteúdo Original

2025-08-08 10:44:00

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