Fim dos Flanelinhas? Projeto escancara fracasso da prefeitura e propõe parquímetros para frear extorsão nas ruas do Rio

Diante da crescente sensação de abandono nas ruas do Rio de Janeiro e a ação indiscriminada de flanelinhas irregulares que extorquem dinheiro de motoristas, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro discute uma proposta que pode transformar radicalmente a forma


Diante da crescente sensação de abandono nas ruas do Rio de Janeiro e a ação indiscriminada de flanelinhas irregulares que extorquem dinheiro de motoristas, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro discute uma proposta que pode transformar radicalmente a forma como se estaciona na cidade. Trata-se do Projeto de Lei 763/2025, de autoria da vereadora Talita Galhardo, que institui o sistema “Vaga Certa” — uma rede de parquímetros digitais com pagamento automatizado e fiscalização eletrônica.

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O novo sistema prevê pagamento via cartão, PIX, tags eletrônicas e aplicativo, tudo vinculado à placa do veículo. Haverá tolerância de 10 minutos antes e depois do tempo pago, e motocicletas terão desconto de 50%, com vagas específicas.

A proposta surge como resposta à ausência de controle efetivo por parte da prefeitura sobre o uso das vagas públicas, hoje dominadas por flanelinhas que, sem qualquer autorização legal, cobram valores arbitrários e, muitas vezes, ameaçam motoristas que se recusam a pagar. O cenário é especialmente crítico em áreas turísticas, praias, estádios e centros comerciais, onde cariocas e visitantes se veem reféns de uma prática que beira a extorsão.

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Em Copacabana, um casal de turistas argentinos denunciou ter sido cercado por três flanelinhas após se recusarem a pagar R$ 50 por uma vaga pública. No Maracanã, durante um clássico do futebol carioca, motoristas relataram ameaças veladas de danos aos veículos caso não colaborassem com a “taxa” imposta por grupos organizados. Em ambos os casos recentes, a ausência de fiscalização permitiu que os agressores escapassem impunes.

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Além de facilitar a vida do cidadão, o projeto busca garantir transparência na arrecadação, rotatividade nas vagas e redução da informalidade. A gestão poderá ser feita diretamente pela prefeitura ou por meio de concessões e parcerias público-privadas.

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A proposta ainda depende de regulamentação para definir valores e regras operacionais, mas já representa um passo concreto para devolver ao poder público o controle sobre o espaço urbano — e, principalmente, para proteger motoristas de práticas abusivas que há anos se tornaram rotina nas ruas do Rio diante a omissão do poder público.



Conteúdo Original

2025-06-23 16:10:00

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