A Comissão Especial da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro intensificará nesta terça-feira (17/06) a pressão sobre a Prefeitura para que adote medidas eficazes e urgentes no combate à infestação de mosquitos borrachudos na Zona Oeste. A audiência pública, marcada para as 9h30 no Salão Nobre do Palácio Pedro Ernesto, reunirá parlamentares e representantes da sociedade civil para discutir o agravamento da crise sanitária que, apesar das ações emergenciais da Prefeitura, segue sem solução.
A presença do vereador Dr. Rogério Amorim (PL), um dos principais opositores do prefeito Eduardo Paes, promete acirrar o tom das cobranças. Amorim, que é médico, tem sido uma das vozes mais críticas à condução do Executivo municipal diante do problema, que já afeta a saúde e a rotina de milhares de moradores.
Também participarão os vereadores Marcelo Diniz (PSD), presidente da comissão; Átila Nunes (PSD), relator; Fabio Silva (Pode); Carlo Caiado (PSD), presidente da Câmara; e Talita Galhardo (PSDB).
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Segundo relatos de moradores de bairros como Itanhangá, Rio das Pedras, Tijuquinha e Ilha da Gigoia, os mosquitos têm causado inchaço, coceira, vermelhidão e até reações alérgicas graves, forçando muitos a recorrer a roupas grossas mesmo em dias quentes. A situação, que se intensificou desde maio, tem sido atribuída a um desequilíbrio ambiental e à ineficácia das medidas adotadas até agora, como a simples limpeza das margens dos rios.
A situação é tão grave que até o vereador Marcelo Diniz, da base do prefeito, reforçou que a comissão está contratando especialistas para propor soluções definitivas: “Precisamos dar um fim a esse problema”, afirmou. Ele também reconheceu que o uso de fumacê, tradicionalmente empregado contra mosquitos, não é eficaz contra os borrachudos, o que exige uma abordagem mais técnica e ambientalmente responsável.
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A audiência contará ainda com a participação de Maria Lúcia Mascarenhas, presidente da Associação de Moradores do Itanhangá Leste, e Marcius Victorio da Costa, diretor da empresa Fumajet, que deve apresentar dados técnicos sobre o controle do inseto.
A expectativa é que, diante da pressão política e do clamor popular, a Prefeitura seja finalmente levada a adotar medidas estruturais e duradouras para conter a proliferação dos borrachudos, que já impactam a economia local, a saúde pública e a qualidade de vida dos cariocas. Se depender dos vereadores, a gestão municipal não sairá ilesa desta audiência.
2025-06-16 12:32:00