‘Estão a serviço de quem?’, questiona Douglas Gomes sobre atuação da Comissão de Direitos Humanos da Alerj

O deputado estadual Douglas Gomes (PL) protocolou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) um ofício com questionamentos sobre a atuação da Comissão de Direitos Humanos da Casa, presidida pela deputada Dani Monteiro (PSOL). O parlamentar quer entender por


O deputado estadual Douglas Gomes (PL) protocolou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) um ofício com questionamentos sobre a atuação da Comissão de Direitos Humanos da Casa, presidida pela deputada Dani Monteiro (PSOL). O parlamentar quer entender por que o colegiado não se mobilizou a favor dos policiais mortos na operação nos Complexos do Alemão e da Penha, e sim dos criminosos neutralizados.

O deputado destacou que a Comissão tem cobrado explicações da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Ministério Público, da OAB e da Defensoria Pública a respeito dos bandidos mortos na ação, mas não se manifestou sobre os agentes de segurança vitimados. “O que parece é que essa Comissão não está em defesa dos quatro policiais. Se a Comissão de Direitos Humanos desta Casa não está lutando pelos policiais, está lutando a favor de quem?”, indagou.

O parlamentar lembrou ainda que, até o momento, não há informação de inocentes mortos na operação. “Nenhuma vítima inocente morreu naquela ação, a não ser os quatro policiais. Então eu indago à própria Comissão: estão a serviço de quem?”, disse.

No ofício, o parlamentar questiona quais critérios objetivos são utilizados para selecionar as ações policiais que motivam pedidos de informação ou manifestações públicas da Comissão. Ele também pergunta se há interlocução direta com grupos, entidades ou lideranças comunitárias potencialmente influenciadas por organizações criminosas.

Douglas Gomes solicita ainda esclarecimentos sobre eventual risco de comprometimento das investigações, já que, no ato da operação, a Comissão já estava remetendo ofícios, o que significa que estava buscando interferir diretamente no momento da operação. Também questiona se os documentos encaminhados pelo colegiado buscavam defender interesses de indivíduos envolvidos com o crime.

Por fim, o deputado indaga “se a Comissão compreende como sua missão institucional a defesa dos direitos humanos de toda a sociedade, inclusive dos agentes de segurança pública vitimados ou de vítimas da violência praticada por criminosos, ou se tem se limitado à defesa de bandidos em confronto com o Estado.”

“Peço para que seja remetido ao meu e aos demais mandatos essas respostas, porque nós não podemos ter sobre esta Casa a dúvida de que, possivelmente, temos uma comissão aliada ao crime organizado. O remédio para a dúvida é a transparência”, concluiu.



Conteúdo Original

2025-11-06 16:03:00

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