Em audiência na Câmara do Rio, moradores alertam para riscos e prejuízos causados por aluguéis de curta temporada

Representantes das associações de moradores de Copacabana e da Urca levaram à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (04/08), um alerta contundente sobre os impactos negativos das plataformas de hospedagem de curta duração. Durante a oitava reunião da


Representantes das associações de moradores de Copacabana e da Urca levaram à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (04/08), um alerta contundente sobre os impactos negativos das plataformas de hospedagem de curta duração. Durante a oitava reunião da Comissão Especial que analisa a regulamentação do setor, os moradores denunciaram problemas graves envolvendo segurança, aumento abusivo dos aluguéis fixos e sobrecarga nos custos dos condomínios.

Segurança em risco: quatro assaltos em dezembro

A presidente da Associação Movimento Cidadão Presente Rio (AMCPRIO), Lucia Ungierowicz, revelou que apenas em dezembro de 2024 foram registrados quatro assaltos envolvendo turistas vindos de São Paulo que se hospedaram por meio de plataformas digitais. “Nos sentimos inseguros. Os prédios acabaram virando hotéis”, afirmou. A moradora conseguiu aprovar, em convenção condominial, a proibição do aluguel de curta temporada em seu edifício.

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Condomínios sobrecarregados e ações judiciais milionárias

Além da insegurança, os moradores destacaram o impacto financeiro direto sobre os condomínios. O aumento no consumo de água e energia elétrica tem onerado os edifícios, enquanto os aluguéis fixos dispararam, dificultando a permanência de moradores tradicionais.

A moradora Lena Maria Maina relatou um caso alarmante: seu condomínio foi alvo de duas ações judiciais, cada uma no valor de R$ 150 mil, movidas por porteiros que tiveram suas funções desviadas para atender hóspedes.

“Esse profissional não foi contratado para isso. Ele não pode ser responsável por entregar chaves e conferir documentos”, protestou. Uma das propostas discutidas é que o atendimento aos hóspedes seja feito por agências especializadas.

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Urca começa a sentir os efeitos e pede regulamentação urgente

Na Urca, o cenário ainda é incipiente, mas já preocupa. A presidente da Associação de Moradores da Urca (Amour), Celi Paradela Ferreira, defendeu a regulamentação como forma de garantir uma convivência harmoniosa entre moradores e visitantes. “A segurança é o que mais importa, e a regulamentação vem em um momento oportuno”, disse.

Projeto de Lei propõe controle e transparência

O vereador Salvino Oliveira (PSD), presidente da comissão e autor do Projeto de Lei nº 372/2025, destacou que a proposta busca equilibrar os interesses da cidade.

“As plataformas vieram para ficar, mas precisam ser regulamentadas. Nossa proposta visa o que o município pode fazer para aprimorar esse modelo”, afirmou.

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Entre os principais pontos do projeto estão:

– Autorização expressa do condomínio para aluguéis de curta temporada
– Cadastro obrigatório de hóspedes e proprietários junto à Prefeitura
– Recolhimento de ISS pelas plataformas digitais

A expectativa é que o projeto seja votado até o fim do ano, em plena alta temporada e festas de fim de ano — período crítico para a segurança e organização urbana.

Participaram da reunião, de forma remota, os vereadores Deangeles Percy (PSD) e Talita Galhardo (PSDB), relator e membro da comissão, respectivamente.



Conteúdo Original

2025-08-04 15:20:00

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