O presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Guilherme Delaroli (PL), puxou o freio de emergência e impediu que os 92 municípios fluminenses ficassem sem recursos vitais para manter hospitais e postos de saúde funcionando. Ao lado do prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli (PL), ele comunicou ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que uma ação da Procuradoria da Secretaria Municipal de Saúde do Rio estava travando o repasse estadual. A reação foi imediata: Paes determinou a retirada da ação, liberando o caminho para que o governo estadual volte a distribuir os valores ainda hoje.
O protagonismo de Delaroli
Delaroli foi quem identificou o bloqueio e acionou Paes, garantindo que os 92 municípios do estado não fossem penalizados. A articulação política mostrou força e rapidez, com a Alerj reforçando o compromisso de acelerar a chegada dos recursos às prefeituras. O gesto consolidou a imagem de Delaroli como articulador decisivo em momentos de crise.
Delaroli não poupou palavras ao expor a gravidade da situação: “Ao tomar ciência do ocorrido através desta Presidência, o Prefeito prontamente se prontificou a retirar a ação para não prejudicar os demais municípios do estado. Com a desistência, o Governo do Estado está juridicamente liberado para normalizar os repasses aos municípios o mais breve possível.”
Paes recua para não se desgastar
O prefeito do Rio reconheceu que a verba também faz falta à capital, mas disse que a situação financeira da cidade permite segurar a ausência temporária. Nos bastidores, o gesto foi lido como estratégico: um possível candidato a governador não poderia bancar o desgaste de travar verbas da saúde para o interior. O recuo foi visto como necessário para evitar desgaste político e ampliar o discurso de responsabilidade com o conjunto do estado.
Impacto político
O episódio reforça a imagem de Guilherme Delaroli como guardião dos municípios, enquanto Paes tenta se equilibrar entre a defesa da capital e a pressão estadual. Com a desistência da ação, o governo estadual está juridicamente liberado para normalizar os repasses, trazendo alívio imediato às cidades que já sofriam com a falta de recursos.
Delaroli sai fortalecido como o nome que garantiu a sobrevivência da saúde nos municípios, enquanto Paes tenta transformar o recuo em narrativa de responsabilidade.
2025-12-30 15:32:00



