‘Deixem Bolsonaro em paz!’ Trump defende ex-presidente e acirra tensão política em meio à queda de popularidade de Lula

Em uma declaração que reverberou fortemente no cenário político brasileiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (7), acusando o governo brasileiro de promover uma “caça às bruxas” contra seu aliado


Em uma declaração que reverberou fortemente no cenário político brasileiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (7), acusando o governo brasileiro de promover uma “caça às bruxas” contra seu aliado conservador. A manifestação ocorre em um momento delicado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja popularidade vem sofrendo erosão constante, como apontam diversas pesquisas recentes.

Trump: “Deixem Bolsonaro em paz!”

Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que Bolsonaro “não é culpado de nada” e que está sendo perseguido por ter “lutado pelo povo”. O republicano comparou a situação do ex-presidente brasileiro à sua própria trajetória, dizendo que ambos enfrentam perseguições políticas por desafiar o sistema. “O Brasil está fazendo uma coisa terrível com Bolsonaro. Estarei acompanhando de perto essa caça às bruxas contra ele, sua família e milhares de seus apoiadores”, escreveu Trump.

A fala de Trump foi recebida com entusiasmo por apoiadores de Bolsonaro, que veem na declaração um endosso internacional à narrativa de perseguição política. O gesto também fortalece a imagem do ex-presidente como vítima de um sistema judicial supostamente parcial, em um momento em que ele lidera cenários eleitorais para 2026, mesmo estando inelegível.

Lula em queda: pesquisas revelam desgaste crescente

Enquanto Bolsonaro ganha fôlego nas intenções de voto, Lula enfrenta um cenário de desgaste político e institucional. Levantamentos recentes mostram que o petista aparece atrás de nomes da direita em diversos cenários de segundo turno, incluindo Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. A desaprovação ao governo também aumentou entre parlamentares e eleitores, com críticas à comunicação do Planalto, à condução econômica e à relação conflituosa com o Congresso.

Além disso, a imagem de Lula sofreu abalos com episódios como a corrupção no INSS, a taxa das blusinhas e o aumento do IOF, derrotado no Congresso. Isso sem falara nos altos gastos com viagens internacionais, que geraram críticas até mesmo entre aliados. A revista The Economist chegou a afirmar que Lula “perdeu influência no exterior e é impopular em casa”.

Reação do Planalto: irritação e tentativa de contenção

os bastidores, aliados de Lula demonstraram irritação com o momento escolhido por Trump para se manifestar, interpretando a declaração como uma tentativa de desestabilizar ainda mais o governo em um momento de fragilidade política.

Não à toa, a resposta do governo brasileiro à fala de Trump foi imediata. Em nota oficial, Lula criticou a “interferência externa” e afirmou que a defesa da democracia é responsabilidade dos brasileiros. “Não aceitamos tutela de quem quer que seja. Nossas instituições são sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei”, declarou o presidente, sem citar o nome de Trump, o que foi visto como uma sinal de fraqueza.

Cenário cada vez mais polarizado

A entrada de Trump no debate político brasileiro reacende a polarização que marcou as eleições de 2022 e antecipa o tom da disputa de 2026. Mesmo inelegível, Bolsonaro continua sendo uma figura central no debate público, enquanto Lula tenta conter a perda de apoio e reorganizar sua base.

Com a oposição fortalecida e o apoio popular em declínio, o governo Lula enfrenta o desafio de reconectar-se com a sociedade e recuperar a iniciativa política — tarefa que se torna ainda mais difícil diante da pressão internacional e do avanço da direita nas pesquisas.



Conteúdo Original

2025-07-07 14:39:00

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