CPI do Crime Organizado deve ser instalada após recesso diante de escalada da violência no país

Com o Brasil entre os 20 países mais violentos do mundo, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Senado se prepara para reagir diante da impotência do governo Lula. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)


Com o Brasil entre os 20 países mais violentos do mundo, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Senado se prepara para reagir diante da impotência do governo Lula. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, proposta para investigar facções criminosas e milícias, deve ser oficialmente instalada após o recesso parlamentar de julho. A leitura do requerimento foi feita nesta terça-feira (17), em plenário, pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Os dados escancaram a urgência. Segundo o Atlas da Violência 2025, divulgado no mês passado, a violência matou 45.747 pessoas no Brasil em 2023, uma média de 125 mortes por dia — número que coloca estados como Amapá, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Amazonas entre os mais violentos da nação. Esse cenário alarmante reforça a necessidade de ação coordenada.

A iniciativa, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), visa entender a fundo como essas organizações operam: de onde vêm seus recursos, como se articulam dentro e fora dos presídios, e o grau de infiltração em comunidades e instituições do Estado.

A escalada da criminalidade tem provocado forte reação da opinião pública. Pela primeira vez desde o início da série histórica da pesquisa Genial/Quaest, a violência se tornou a principal preocupação dos brasileiros, superando temas como economia e questões sociais. Segundo o levantamento divulgado em abril de 2025,
os entrevistados apontaram a violência como o maior problema do país.

O quadro tam sido atribuído em parte à política de desencarceramento promovida pelo governo Lula, que tem adotado um discurso de que criminosos seriam, em muitos casos, vítimas da sociedade. Essa abordagem, que relativiza a responsabilidade penal em nome de uma suposta justiça social, tem sido duramente criticada por setores da sociedade civil e por representantes do Legislativo. Também tem contribuído para a sensação de impunidade e insegurança.

Pesquisas recentes também indicam que essa postura tem desgastado a imagem do presidente. A mesma sondagem da Quaest revelou que a maioria (56%) dos brasileiros desaprovam o governo Lula, sendo a segurança pública um dos principais pontos de insatisfação.



Conteúdo Original

2025-06-23 07:00:00

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